quarta-feira, 26 de junho de 2024

Shamati (128)

 128. O orvalho pinga de Galgalta a Zeir Anpin

(Ouvi em Mishpatim 3, Tav-Shin-Guimel, 27 de fevereiro de 1943)

 

 

O orvalho pinga de Galgalta a Zeir Anpin. E a respeito do cabelo pálido, há um entalhe embaixo de cada cabelo, e esse é o significado de “Ele que me alquebrou com uma tempestade” (Jó 9:17). E esse é o significado de “Então, de dentro de um turbilhão, o Eterno respondeu a Jó” (Jó 38:1). E esse é o significado de “Isso dará cada um que possa para o número dos que são contados: metade de um siclo (shékel) segundo o siclo da santidade” (Êxodo 30:13). E esse é o significado de “uma Beka (entalhe) por cabeça”, “para expiar pelas vossas almas” (Êxodo 30:16).

 

Para entender a questão do cabelo, é o preto e a tinta. Isso significa que, quando o indivíduo se sente longe do Criador, porque tem pensamentos invasivos, isso é chamado “cabelo”. E “pálido” significa brancura. Isso significa que, quando a Luz do Criador é despejada nele, ele se aproxima do Criador, e ambos juntos são chamados “Luz e Kli (vaso)”.

 

A ordem do trabalho é que, quando o indivíduo desperta para o trabalho do Criador, isso ocorre por lhe ser concedida palidez. Nesse momento, ele sente vitalidade e Luz no trabalho do Criador. Depois, vem um pensamento invasivo, pelo qual ele cai do seu nível e se afasta do trabalho. O pensamento invasivo é chamado Se’ara (tempestade/cabelo). E há um entalhe embaixo do cabelo, o qual é um entalhe e uma deficiência no crânio.

 

Antes de os pensamentos invasivos chegarem, ele tinha um Rosh (cabeça) completo e estava próximo do Criador, e através dos pensamentos invasivos ele se afastou do Criador. Isso é considerado ter uma deficiência. E, pelo sofrimento, quando se arrepende, ele atrai um fluxo de água. Portanto, o cabelo se torna um duto para transferir a abundância, pelo qual se considera que ele foi premiado com a brancura.

 

E depois os pensamentos invasivos voltam de novo, e assim ele se afasta do Criador mais uma vez. Isso cria um entalhe novamente, um buraco e uma deficiência no crânio, e através do sofrimento, do arrependimento, ele atrai um fluxo de água mais uma vez, e o cabelo se torna um duto para transferir a abundância.

 

Essa ordem continua repetidamente, por meio de altos e baixos, até que os cabelos sejam acumulados na medida completa. Isso significa que, a cada vez que se corrige, ele atrai abundância. Essa abundância é chamada “orvalho”, como em “Minha cabeça está cheia de orvalho” (Cântico dos Cânticos 5:2). Isso é assim porque a abundância vem de forma intermitente, e a cada vez é como se ele recebesse uma gota. Quando o trabalho do indivíduo está completo e ele atinge a quantia máxima, até “que não mais se entreguem à insensatez” (Salmos 85:9), considera-se que, a partir do orvalho, os mortos ressuscitarão.

 

Esse é o significado do entalhe, no sentido de que os pensamentos invasivos fazem buracos na cabeça.

 

E, também, a respeito da questão do meio shekel, no sentido de que ele é meio culpado e meio inocente. Mas devemos entender que as metades não existem ao mesmo tempo. Ao invés disso, a cada vez existe uma coisa completa. Isso é assim porque se ele descumpriu uma Mitzvá e não a guardou, ele não é mais considerado beinoni (meio, mesclado), mas um rachá (um perverso completo).

 

No entanto, isso ocorre em duas fases. Num momento ele é justo, aderido ao Criador, e então é completamente inocente. E, quando está em descenso, ele é um perverso. Esse é o significado de “O mundo foi criado ou para o justo completo ou para o perverso completo”. E é por isso que é chamado “Metade”, pois são duas partes, duas fases.

 

E isso é “Para expiar pelas vossas almas”. Por meio do entalhe, quando o indivíduo sente que a cabeça está incompleta devido à chegada de um pensamento invasivo, a sua mente não está inteiramente com o Criador. E quando ele se arrepende, isso o faz expiar por sua alma. É assim porque se ele se arrepende toda vez ele atrai abundância até que a abundância seja preenchida por meio de “Minha cabeça está cheia de orvalho”.  

 

 

Shamati (130)

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