Parece que o grupo de Kabbalah do Abraão não foi atingido por nenhum
flagelo (morte por espada, morte por
peste) porque todos, no Yashar El,
viviam a regra “Ama o teu próximo como a ti mesmo e não faz aos outros o que
não queres que te façam”.
Tempos depois, no acampamento do Moisés, o mau olho, a inveja (Ayin Hará),
a má língua (Yetzer Hará) e as impurezas estragaram
tudo. Sobreveio o flagelo e morreram
três mil.
Milhares de anos depois, a história se repetiu. Aliás, não há
nada que se repita mais do que a própria história, porque os seres humanos não
aprendem, e, se aprendem, não recordam. E repetem os mesmos erros.
Rabi Akiva tinha 24 mil alunos de Kabbalah, lá pelo tempo do II
Templo. Mas, subitamente, como uma bruma insidiosa, os conflitos políticos
explodiram entre os discípulos. E se abateu sobre eles uma peste, entre o Pessach e Shavuot (estamos exatamente entre Pessach, que já passou, e Shavuot,
que ainda não veio).
Diz um texto do Chabad:
“Finalmente, no dia 33 da Contagem
do Omer, as mortes cessaram, e Rabi Akiva pode reconstruir sua grande
escola de estudos de Torá, recomeçando com seus cinco alunos mais notáveis:
Rabi Meir, Rabi Yehudá, Rabi Yossi, Rabi Nechemia e Rabi Shimon Bar Yochai”.
Dois mil anos depois da destruição do grupo de Rabi Akiva, fundei
o Grupo Kadosh, e sempre alertei a
todos: “Se nos dividirmos como os alunos do Rabi Akiva, seremos destruídos”.
Durante alguns anos, vivemos em paz e prosperidade, e vimos
muitos milagres (o que os outros
chamam de milagres). Nos meses que
antecederam as eleições presidenciais do Brasil, tornei a alertar, inúmeras
vezes: “Não se manifestem”.
Não adiantou. O grupo rachou em três correntes: a dos que me ouviram
e não se manifestaram, não apoiaram publicamente a esse ou àquele candidato,
não ofenderam e nem magoaram os seus companheiros de Chabrut, e as outras duas, que se feriram à esquerda e à direita.
Agora, a peste está aí. Ela não foi causada pela divisão do
grupo, mas a divisão do grupo durante as eleições causou a nossa destruição agora.
Se eu sobreviver, vou reconstruir. Já fiz isso outras vezes. E é
por isso que sou chamado, em grego, de Zoom
Tekon Praktera, um homem prático.
E um homem prático como eu, que tem doença crônica e mais de 60
anos, se isola, lava as mãos com freqüência, auto-examina seus sintomas e não
corre ao Pronto-Socorro ao primeiro espirro, porque é lá, no ajuntamento, que
se busca a doença.
Um recado do Rashi, aos meus alunos e alunas:
Kedoshim tihiyu hevu persuhim min ha´arayot
u-min haevera.
“Distancia-te
das relações ilícitas e do pecado” (Rashi, no início da Parashá Kedoshim).
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