domingo, 22 de março de 2020

Mocha de Ilaah (9)



Parece que o grupo de Kabbalah do Abraão não foi atingido por nenhum flagelo (morte por espada, morte por peste) porque todos, no Yashar El, viviam a regra “Ama o teu próximo como a ti mesmo e não faz aos outros o que não queres que te façam”.



Tempos depois, no acampamento do Moisés, o mau olho, a inveja (Ayin Hará), a má língua (Yetzer Hará) e as impurezas estragaram tudo. Sobreveio o flagelo e morreram três mil.



Milhares de anos depois, a história se repetiu. Aliás, não há nada que se repita mais do que a própria história, porque os seres humanos não aprendem, e, se aprendem, não recordam. E repetem os mesmos erros.



Rabi Akiva tinha 24 mil alunos de Kabbalah, lá pelo tempo do II Templo. Mas, subitamente, como uma bruma insidiosa, os conflitos políticos explodiram entre os discípulos. E se abateu sobre eles uma peste, entre o Pessach e Shavuot (estamos exatamente entre Pessach, que já passou, e Shavuot, que ainda não veio).



Diz um texto do Chabad


“Finalmente, no dia 33 da Contagem do Omer, as mortes cessaram, e Rabi Akiva pode reconstruir sua grande escola de estudos de Torá, recomeçando com seus cinco alunos mais notáveis: Rabi Meir, Rabi Yehudá, Rabi Yossi, Rabi Nechemia e Rabi Shimon Bar Yochai”.  



Dois mil anos depois da destruição do grupo de Rabi Akiva, fundei o Grupo Kadosh, e sempre alertei a todos: “Se nos dividirmos como os alunos do Rabi Akiva, seremos destruídos”.



Durante alguns anos, vivemos em paz e prosperidade, e vimos muitos milagres (o que os outros chamam de milagres). Nos meses que antecederam as eleições presidenciais do Brasil, tornei a alertar, inúmeras vezes: “Não se manifestem”.



Não adiantou. O grupo rachou em três correntes: a dos que me ouviram e não se manifestaram, não apoiaram publicamente a esse ou àquele candidato, não ofenderam e nem magoaram os seus companheiros de Chabrut, e as outras duas, que se feriram à esquerda e à direita.



Agora, a peste está aí. Ela não foi causada pela divisão do grupo, mas a divisão do grupo durante as eleições causou a nossa destruição agora.



Se eu sobreviver, vou reconstruir. Já fiz isso outras vezes. E é por isso que sou chamado, em grego, de Zoom Tekon Praktera, um homem prático.



E um homem prático como eu, que tem doença crônica e mais de 60 anos, se isola, lava as mãos com freqüência, auto-examina seus sintomas e não corre ao Pronto-Socorro ao primeiro espirro, porque é lá, no ajuntamento, que se busca a doença.

Um recado do Rashi, aos meus alunos e alunas:


Kedoshim tihiyu hevu persuhim min ha´arayot u-min haevera. 

“Distancia-te das relações ilícitas e do pecado” (Rashi, no início da Parashá Kedoshim).

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