As Letras Hebraicas
não são meros símbolos lingüísticos, meras representações. As Letras Hebraicas são entidades
espirituais animadas de Ruach Ha Kodesh.
Além disso, elas são os protótipos de todas as outras letras de outros idiomas,
e são também os tijolos de construção
de tudo o que existe no Universo.
Por isso, quando reformei a churrasqueira da minha casa, pedi
que minha filha Sofia, que tem grande habilidade com as mãos (é pianista e
desenhista), pintasse uma Brachá aos
meus convidados, num grande quadro-de-recados que lá foi colocado. Assim, nele
a Sofia escreveu, com sua caligrafia pura e santa: Baruch Atá Adonai, Eloheinu Melech Ha Olam, Boré Peri Agafen, que é
a benção que pronunciamos antes de beber vinho.
Antes de continuar a falar das Letras Sagradas, quero revelar
algo. Depois da minha EQM, retornei à vida com qualidades diferentes daquelas
que eu tinha antes. E voltei com algo que se pode chamar de missão, embora eu não faça alarde disso.
Tanto não faço que fiquei vários anos quieto, sem revelar nada. E, aos poucos,
fui recebendo autorização para revelar fragmentos, sob rígidas condições. Se
revelar algo que não deveria revelar a alguém que não merecesse, eu perderia (e
perderei) todas as qualidades recebidas lá.
Assim, tenho sido extremamente cauteloso.
Alertei, por exemplo, a minha esposa Marta e ao Rabino
Saltoun, que não perdessem tempo e nem energia com a viagem à Espanha e ao
Marracos que o Grupo Kadosh faria em 2020 porque a viagem não se realizaria. E
anunciei também que as crianças estariam melhor protegidas do que viria, porque
são almas da primeira geração.
Retorno às Letras Sagradas.
Há mais de dois anos, num certa manhã, percebi algo estranho:
As Letras da Brachá choravam. Embaixo delas havia um líquido
que escorria pelo quadro. O episódio se deu em 9 de Av de 5777. Mostrei o fenômeno aos
alunos, aos amigos, aos parentes. Mostrei ao Rabino Saltoun, que é cabalista
como eu. Quando lhe disse que eu pensava apagar as Letras, ele me alertou: “Não
faça isso, que isso é um sinal divino”. Que era um sinal divino eu sabia, e eu
sabia também que viria uma mortandade sem precedentes sobre a Humanidade. Em
aula, e nas reuniões do Grupo Kadosh, aos poucos, e com cuidado, fui tentando
alertar a todos, incentivando-os a se prepararem para o que chamei de dias difíceis e dias do parto. Ou dias de
preparação para a chegada da Era de
Mashiach. Fui chamado de paranóico por alguns, especialmente meus alunos
psicólogos; fui chamado de fantasioso, por meus alunos que se acham cientistas;
fui chamado de exagerado, pelos meus alunos que acham que é importante não
falar de coisas difíceis, por que “não pega bem”; fui chamado até de maluco,
pelos meus alunos que nem sabem o que significa a palavra Nevuah.
Semanas atrás, lá em casa, alguém passou uma esponja molhada
e apagou os rastros do choro das Letras. Uns dois dias depois, os rastros das
lágrimas das Letras Sagradas reapareceram. Subi à casinha agora, antes de
escrever este texto, e o choro continua lá. E só vai desaparecer da lousa quando
Israel construir o III Templo.
As Letras choraram. Agora, vou chorar eu. Vou chorar pelos
meus familiares, vou chorar pelos meus alunos e alunas, vou chorar por todas
aqueles que não me ouviram, por todos aqueles que chutaram a bola nas minhas
costas, vou chorar por todos aqueles que não tiveram Arvut com o Grupo Kadosh, por todos aqueles que revelaram o mal e o realizaram, por
todos aqueles que abandonaram o barco porque não concordaram com o meu método.
Sim, eu vou chorar muito, muito, porque o único Portal Espiritual que sempre está aberto é o Portal das Lágrimas, que é um dos 50 Portais de Biná. Quem sabe se eu chorar bastante o Criador mude os
duros Dinim (juízos, condenações)
que foram exarados contra a Humanidade. Que a reação em cadeia que virá possa
ser interrompida e que tomemos o Caminho
da Luz ao invés de tomarmos o Caminho
do Sofrimento. Como eu dizia: "Os aviões não voarão; os barcos não transportarão, mas o peixe retornará ao mar".
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