91. Sobre o que é substituível
(Ouvi em 9 de Nissan, Tav-Shin-Het, 18 de abril de 1948)
O Sagrado Zohar explica
a razão pela
qual Rubem foi concebido dentro de Lea, enquanto Jacó pensava em Raquel durante
o ato. A lei indica que se se pensa em outra, a criança é chamada de “Substituível”.
E o Sagrado Zohar explica isso, pois ele estava pensando em Raquel, porque
realmente acreditava que era Raquel. Por outro lado, o conceito de
“Substituível” se aplicaria somente se seu pensamento tivesse estado com Raquel
enquanto que, no tocante ao ato, soubesse que estava com Lea. No entanto, neste
caso, seu pensamento estava com Raquel, e quanto ao ato, também
acreditava que estava com Raquel.
O Zohar explica isso
da seguinte maneira: Sabe-se que na espiritualidade é como o que ocorre com o
carimbo e a estampa, onde cada nível fica estampado pelo seu nível superior. E
o comportamento do carimbo e da estampa consiste em que sempre são opostos
entre si: a estampa é sempre oposta ao carimbo. Disso se depreende que aquilo que é considerado Klipá (Casca) em Beriá
é Kedushá (Santidade) em Yetzirá, e o que é Kedushá em
Yetzirá é Klipá em Assiá.
Portanto, se o Tzadik
(Justo) se une a um certo grau, certamente está em Kedushá nesse grau. E se durante o ato pensa num
outro grau ou nível, e aquilo que é considerado Kedushá nesse nível se
considera Klipá em outro nível, isso recebe o nome de “Substituível”. Isso quer
dizer que a prole dessa união é “Substituível” por que os graus ou níveis são
opostos entre si.
No entanto, Jacó estava pensando em Raquel. Ou seja, na Kedushá
do discernimento de Raquel. E, quanto ao ato, também acreditou que se tratava
de Raquel. Assim, tanto o pensamento era de Kedushá de Rachel como o ato
pretendia ser do grau de Raquel. Por isso, aqui não há discernimento de Lea que
seja considerado “Substituível”.
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