Rabi Shimon Bar Yochai
Tanaíta, aluno do Rabi Akiva, autor do Zohar, o livro mais importante de Kabbalah.
18 de Iyar
(03 de maio de 2018)
"Que o mérito deste tzadik proteja a todos nós,
Amém"
Viveu em Eretz
Yisrael, no segundo século da Era Comum.
Rabi Shimon Bar Yochai,
o santo Tanaíta do período mishnaico e autor do Sagrado Zohar, foi aluno do Rabi Akiva. R' Akiva foi morto pelos romanos
por estudar Torá, e Rabi Shimon Bar Yochai, que atacou os romanos por sua
crueldade e maldade, também foi condenado à morte e, junto com seu filho, Rabi
Elazar, escondeu-se em uma caverna nas montanhas, perto de Peki'in, na Galileia, onde permaneceu por 13 anos. O Talmud (Shabat 33b) diz que um
milagre aconteceu e uma alfarrobeira e uma fonte surgiram ao lado da caverna, a
fim de lhes prover comida e água. Eles eram frequentemente visitados pelo profeta
Elias e por Moisés, que lhes ensinavam os segredos mais profundos da Torá. Durante esses 13 anos de
reclusão, R' Shimon escreveu o Sagrado Zohar,
que constitui a base da Kabbalah.
O Sefer Ha Zohar
(Livro do Esplendor) aborda os aspectos místicos da Torá e é a chave para compreender os princípios que governam toda a
criação - tanto os visíveis como os ocultos. Penetrar os mistérios acerca de
Deus, do Homem, de Israel, da Luz Divina e suas Emanações (Sefirot), e
tantos outros temas esotéricos, requer um grande esforço, mas a recompensa vem
em igual medida.
Esse grande corpus
de conhecimento místico foi outorgado oralmente por Deus no Monte Sinai, mas
com o passar da história de Israel, tais ensinamentos perderam-se para a maioria
das pessoas, até que R' Shimon, temendo uma perda definitiva dessa sabedoria, a
registrou no Zohar.
Depois de ter ficado
escondido por mais de 1000 anos, o Zohar
foi redescoberto pelo Rabi Moshe de Leon, na Espanha, no século XIII.
De acordo com o Ari,
R' Shimon obteve permissão para escrever o Zohar
porque, mais que qualquer um dos seus predecessores, ele tinha a habilidade de
encobrir, proteger e revelar os ensinamentos místicos, através de seu filho. O Zohar enriqueceu a vida espiritual dos
judeus imensuravelmente. Nas palavras do Rabi Moshe Chaim Luzato: "Depois
dos 13 anos que R' Shimon ficou na caverna, os Portões da Sabedoria lhe foram
abertos a fim de proporcionar Luz para todo Israel, até o fim dos tempos".
O aramaico obscuro do Zohar foi
clarificado e traduzido ao hebraico pelo Rabi Yehuda Ashlag (Baal Ha Sulam), há
cinquenta anos.
Além do Zohar, R' Shimon também tem um papel
fundamental no Talmud e no Midrash. Por ser tão justo, nenhum arco
íris sequer apareceu durante toda a sua vida (que é o sinal da promessa de que
Deus não destruiria o mundo mesmo se não houvesse justos).
Muitos seguidores fiéis
visitam seu túmulo em Meron no seu "dia de partida", que ocorre em Lag Ba'Omer, onde pratica-se arco e
flecha e acende-se fogueiras em memória da chama brilhante e sobrenatural que
iluminou sua casa pouco antes da sua morte. Outro aspecto da celebração é o
primeiro corte de cabelo feito em meninos de três anos de idade (Chalaka).
Que o mérito do Rabi
Shimon Bar Yochai proteja a todos nós, Amém.
3 comentários:
Belo texto explicativo sobre a importância de Rabi Shimon Bar Yochai para a Kabbalah e para o mundo atual.
Belo texto explicativo sobre a importância de Rabi Shimon Bar Yochai para a Kabbalah e para o mundo atual.
Amém.
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