quarta-feira, 2 de maio de 2018

Hillulot (4)




Rabi Shimon Bar Yochai


Tanaíta, aluno do Rabi Akiva, autor do Zohar, o livro mais importante de Kabbalah.


18 de Iyar

(03 de maio de 2018)







"Que o mérito deste tzadik proteja a todos nós, Amém"



Viveu em Eretz Yisrael, no segundo século da Era Comum.


Rabi Shimon Bar Yochai, o santo Tanaíta do período mishnaico e autor do Sagrado Zohar, foi aluno do Rabi Akiva. R' Akiva foi morto pelos romanos por estudar Torá, e Rabi Shimon Bar Yochai, que atacou os romanos por sua crueldade e maldade, também foi condenado à morte e, junto com seu filho, Rabi Elazar, escondeu-se em uma caverna nas montanhas, perto de Peki'in, na Galileia, onde permaneceu por 13 anos. O Talmud (Shabat 33b) diz que um milagre aconteceu e uma alfarrobeira e uma fonte surgiram ao lado da caverna, a fim de lhes prover comida e água. Eles eram frequentemente visitados pelo profeta Elias e por Moisés, que lhes ensinavam os segredos mais profundos da Torá. Durante esses 13 anos de reclusão, R' Shimon escreveu o Sagrado Zohar, que constitui a base da Kabbalah.


O Sefer Ha Zohar (Livro do Esplendor) aborda os aspectos místicos da Torá e é a chave para compreender os princípios que governam toda a criação - tanto os visíveis como os ocultos. Penetrar os mistérios acerca de Deus, do Homem, de Israel, da Luz Divina e suas Emanações (Sefirot), e tantos outros temas esotéricos, requer um grande esforço, mas a recompensa vem em igual medida.


Esse grande corpus de conhecimento místico foi outorgado oralmente por Deus no Monte Sinai, mas com o passar da história de Israel, tais ensinamentos perderam-se para a maioria das pessoas, até que R' Shimon, temendo uma perda definitiva dessa sabedoria, a registrou no Zohar.


Depois de ter ficado escondido por mais de 1000 anos, o Zohar foi redescoberto pelo Rabi Moshe de Leon, na Espanha, no século XIII.

De acordo com o Ari, R' Shimon obteve permissão para escrever o Zohar porque, mais que qualquer um dos seus predecessores, ele tinha a habilidade de encobrir, proteger e revelar os ensinamentos místicos, através de seu filho. O Zohar enriqueceu a vida espiritual dos judeus imensuravelmente. Nas palavras do Rabi Moshe Chaim Luzato: "Depois dos 13 anos que R' Shimon ficou na caverna, os Portões da Sabedoria lhe foram abertos a fim de proporcionar Luz para todo Israel, até o fim dos tempos". O aramaico obscuro do Zohar foi clarificado e traduzido ao hebraico pelo Rabi Yehuda Ashlag (Baal Ha Sulam), há cinquenta anos.


Além do Zohar, R' Shimon também tem um papel fundamental no Talmud e no Midrash. Por ser tão justo, nenhum arco íris sequer apareceu durante toda a sua vida (que é o sinal da promessa de que Deus não destruiria o mundo mesmo se não houvesse justos).


Muitos seguidores fiéis visitam seu túmulo em Meron no seu "dia de partida", que ocorre em Lag Ba'Omer, onde pratica-se arco e flecha e acende-se fogueiras em memória da chama brilhante e sobrenatural que iluminou sua casa pouco antes da sua morte. Outro aspecto da celebração é o primeiro corte de cabelo feito em meninos de três anos de idade (Chalaka).


Que o mérito do Rabi Shimon Bar Yochai proteja a todos nós, Amém.


3 comentários:

Unknown disse...

Belo texto explicativo sobre a importância de Rabi Shimon Bar Yochai para a Kabbalah e para o mundo atual.

Unknown disse...

Belo texto explicativo sobre a importância de Rabi Shimon Bar Yochai para a Kabbalah e para o mundo atual.

Unknown disse...

Amém.

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