Alegria com Tremor (11)
(Ouvi em Tav-Shin-Chet,
1947-1948)
A alegria é considerada amor, o
qual é existência. É semelhante a quem constrói para si uma casa sem fazer
nenhum buraco nas paredes. Você descobre que ele não pode entrar na casa, já que
não há nenhum local oco nas paredes da casa pelo qual ele possa entrar.
Portanto, um espaço vazio deve ser construído para que ele possa entrar na
casa.
Assim, onde há amor deve haver
também temor, pois o temor é o vazio. Em outras palavras, o indivíduo deve
despertar o temor de que ele possa não ser capaz da intenção de doar.
Segue-se que, quando há ambos,
há completude. Caso contrário, cada um deseja revogar o outro. Por essa razão,
devemos tentar ter ambos no mesmo lugar.
Esse é o significado da necessidade
do amor e do temor. O amor é chamado de existência, enquanto o temor é chamado
de deficiência e de vazio. Apenas com os dois juntos é possível haver
completude. Isso é chamado “duas pernas” porque, precisamente quando se tem
duas pernas, o indivíduo consegue caminhar.
(Tradução de Poliana
Pasa)
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