É preciso que a pessoa compreenda que a essência de cada vaso e de
toda a Criação é apenas o "desejo de receber". Nada que esteja fora
do âmbito desse desejo possui qualquer relação com a Criação, pois se refere ao
Criador. Mas, então, por que consideramos o "desejo de receber" como
sendo algo grosseiro, repugnante e que necessita de correção? Somos instruídos
a "purificá-lo" com a ajuda da Torá e dos Mandamentos, do contrário,
não seremos capazes de alcançar o verdadeiro propósito da Criação.
O desejo de receber prazer foi formado pelo Criador e, portanto,
não está sujeito à mudança. O homem pode apenas escolher o quanto de um desejo
ele é capaz de utilizar agora e "para o benefício de quem". Se cada
um dos seus desejos for utilizado apenas para o seu próprio benefício, então,
isso corresponde ao egoísmo ou "impureza espiritual". Se o homem tem a intenção de utilizar os seus
desejos para receber prazer ao mesmo tempo em que satisfaz o Criador, então,
ele deve escolher apenas aqueles desejos com os quais realmente possa fazer
isso.
Portanto, ao desejar agir de forma altruísta, o homem deve,
primeiro, discernir que tipos de desejos podem ser utilizados para receber
prazer a fim de que este retorne ao Criador. Somente então ele poderá começar a
preenchê-los com prazer. Todos os desejos do homem são desejos de Malchut. Eles são divididos em 125
partes chamadas "níveis". Ao utilizar desejos egoístas cada vez
maiores (pelo Criador), o homem gradualmente ascende espiritualmente. O uso de
todos os 125 desejos individuais de Malchut
é chamado de "a correção completa do egoísmo".
Por vezes, é mais conveniente
dividir os desejos de Malchut em 620
partes do que em 125. Essas partes do desejo, ou melhor, seu uso pelo Criador,
são chamados de "Mandamentos", ações pelo Seu prazer. Ao realizar
essas 620 ações, Mandamentos, o homem ascende ao mesmo 125º nível.
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