Segunda-feira. Fizemos o Mikvê
às 7h, e nos demos conta de que somos 10 homens casados do Grupo Kadosh
buscando nos libertar das klipot que
escurecem o Zohar (esplendor) de
nossas almas. Prometemos uns aos outros que vamos continuar esse trabalho
espiritual em Porto Alegre, no retorno, como estamos fazendo desde o momento em
que ingressamos no Grupo Kadosh, mas a partir de agora com um Arvut diferente, um Arvut mais consistente, mais animado e
mais elevado.
Pela manhã, viajamos para as montanhas e fomos à Caverna da Idra Zuta (Grande Assembléia) onde
Shimon Bar Yochai e 9 alunos escreveram o Sefer
Ha Zohar (O Livro do Esplendor). Lá nos sentamos, os homens, as mulheres e
as crianças, ao redor do rabino e cabalista Joseph Saltoun, no interior da
caverna, para ouvi-lo ler e comentar trechos do Zohar. Todos nós que lá estivemos, poderemos dizer aos nossos
netos, quando o mundo já terá se tornado um lugar melhor, que sentamos,
cantamos, fizemos exercícios cabalísticos no lugar em que o maior livro da
história da Kabbalah foi revelado aos seres humanos de todas as raças, de todos
os credos, de todos os gêneros e de todas as idades. Éramos quase quarenta
pessoas no interior da caverna, mas milhares de Justos e Justas de todas as
eras históricas estiveram ao nosso lado lá, nos apoiando em nossos esforços de
trazer a paz, a harmonia, a prosperidade e a saúde física, mental e espiritual
para toda a humanidade.
Da Idra Raba
viajamos para o Santuário do cabalista Ionatan
Ben Uziel, o cabalista-casamenteiro. Esse aluno de Hillel não se casou, para dedicar-se totalmente à Torah e à Kabbalah.
Traduziu a Torah para o aramaico. No dia da sua Hillulah, prometeu que quem visitasse o seu túmulo encontraria a
sua alma-gêmea. Centenas de milhares de casamentos já foram realizados sob a
influência desse cabalista-nazir. Várias pessoas de nosso grupo rezaram com
fervor, colocando a mão esquerda (a mão do recebimento) sobre a sua tumba.
Alguns cabalistas fazem casamentos, mas esse faz milagres. Eu pedi que meu
casamento prossiga tão bom e especial quanto já é, e que eu e a Marta sejamos
dignos e capazes de revelar a Luz para mais e mais pessoas em Porto Alegre.
Do Santuário do Uziel viajamos para as Colinas de Golã. Não
sei se alguém do grupo se deu conta de que estivemos na fronteira da guerra da
Síria, completamente ao alcance dos mísseis e dos projéteis das poderosas armas
automáticas. A Luz Azul nos
acompanha por todos os lugares. Estamos livres da angústia, do medo, da raiva,
do ciúme, da inimizade, do julgamento, embora o mundo ao nosso redor esteja
fervendo de maus sentimentos. Almoçamos numa espécie de restaurante-rural ao
lado de uma das fontes do Rio Jordão. O mesmo tipo de peixe defumado que
costumo comprar na Loja do Sabra, no Bonfim, comi aqui, mas fresco, e na
companhia de pessoas que compartilham comigo o sonho de fazer do mundo um lugar
em que a Kabbalah possa ser distribuída a todos, para corrigi-lo. Para nós,
cabalistas, isso não é um delírio messiânico, porque nós conhecemos o poder de
transformação pessoal que existe na Luz do Zohar.
A Era Messiânica é a Era em que a
Luz desse livro tocará o coração e a mente de todos, a Era em que a consciência
humana voltará a funcionar no modo da Árvore
da Vida, e não mais no modo auto-centrado da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.
Das nascentes do Jordão voltamos para Safed, onde estamos
descansando, para viajar amanhã bem cedo ao Mar Morto.
3 comentários:
Que show. Estou adorando acompanhar a viagem de vocês. Abraços!
Linda viajem, quanto aprendizado e informações interessantes.
Obrigada por compartilhar conosco as experiências vividas entre os que se encontram nessa viajem.
Postar um comentário