terça-feira, 5 de maio de 2020

Introdução ao Livro do Zohar (40)



40. Há dez Nomes do Criador impressos de forma correspondente nas nossas dez propriedades básicas - Sefirot.

A Sefirá de Keter é chamada de Ekie;
A Sefirá de Chbochmá é chamada de Yud-Key;
A Sefirá de Biná é chamada de HaVaYaH;
A Sefirá de Chessed é chamada de El;
A Sefirá de Guevurá é chamada de Elokim;
A Sefirá de Tiferet é chamada de HaVaYaH (o Nome Simples, diferente de Biná).

Uma vez que Tiferet e Biná estão na linha central, elas assemelham-se entre si e, portanto, são designadas pelo mesmo nome, ainda que sejam escritos de formas diferentes.

As duas Sefirot, Netzach e Hod, são chamadas de Tzebaot;
A Sefirá de Yesod é chamada de Chai;
A Sefirá de Malchut é chamada de Adni.

Não há necessidade de memorizar esses nomes. Mais tarde iremos compreender de onde eles se originam. Estamos falando sobre os Dez Nomes Inapagáveis. Eles são chamados de "inapagáveis" porque se o escriba que estiver escrevendo o rolo da Torá cometer um erro em qualquer desses nomes, tudo o que foi feito até ali deve ser destruído, pois é proibido corrigir tais erros.

O que isso significa em nosso mundo? O homem não é capaz de perceber o mundo corretamente, a menos que suas Dez Sefirot estejam adequadamente sintonizadas. Assim como um violino, pois só é possível tocá-lo se suas cordas estiverem afinadas. Assim, elas formam uma certa inter-relação umas com as outras, cada qual estando no seu estado ideal corrigido.

De forma semelhante, se ao menos um dos Nomes do Criador ressoa em nós de maneira incorreta, isto é, se alguma de nossas propriedades não for totalmente semelhante às Dele, não seremos capazes de perceber Sua manifestação. Isso significa que, sendo constituídos de Dez Sefirot, percebemos as ações do Criador em dez de Suas emanações.

Ao mesmo tempo, quando recebemos todas as Dez Sefirot e as preenchemos completamente com a imagem do Criador, ocorre um fenômeno maravilhoso. Todas as Dez Sefirot emergem, os limites entre elas desaparecem e elas formam a Luz Branca, geral e Infinita de Atzilut, para onde ascendemos ao receber todos os níveis dos Mundos de BYA.

Isso é o que Baal HaSulam escreve no seu "Prefácio ao Livro do Zohar". Esse "Prefácio" aborda as limitações que existem entre nós e a realidade que percebemos. Tudo o que experienciamos no nosso interior somente é percebido nos nossos Kelim egoístas na medida de suas correções. Se nossas propriedades coincidem com as do Criador, seremos capazes de compreendê-Lo e senti-Lo cada vez mais e melhor. É como um receptor de rádio quando sintoniza uma onda externa apenas porque seu próprio contorno de onda é idêntico àquele da onda externa.

Em outras palavras, apenas nossa equivalência de forma com o Criador nos habilitará a penetrar no verdadeiro Universo e existir nele. No início, precisamos fazê-lo nos nossos 613 Kelim, posteriormente sentidos como Dez Sefirot. Depois disso, eles são sentidos como um todo único, a manifestação geral do Criador em relação a Malchut. Quando Malchut torna-se, por fim, semelhante ao Criador, ela funde-se completamente com a Luz nas suas nove Sefirot precedentes. Todas as imagens apagam-se e desaparecem, enquanto nos fundimos com a Luz Branca Infinita.

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