40. Há dez Nomes do Criador
impressos de forma correspondente nas nossas dez propriedades básicas -
Sefirot.
A Sefirá de Keter é chamada de Ekie;
A Sefirá de Chbochmá é chamada de Yud-Key;
A Sefirá de Biná é chamada de HaVaYaH;
A Sefirá de Chessed é chamada de El;
A Sefirá de Guevurá é chamada de Elokim;
A Sefirá de Tiferet é chamada de HaVaYaH (o
Nome Simples, diferente de Biná).
Uma vez que Tiferet e Biná estão
na linha central, elas assemelham-se entre si e, portanto, são designadas pelo
mesmo nome, ainda que sejam escritos de formas diferentes.
As duas Sefirot, Netzach e Hod, são chamadas
de Tzebaot;
A Sefirá de Yesod é chamada de Chai;
A Sefirá de Malchut é chamada de Adni.
Não há necessidade de memorizar esses nomes. Mais tarde iremos
compreender de onde eles se originam. Estamos falando sobre os Dez Nomes
Inapagáveis. Eles são chamados de "inapagáveis" porque se o escriba
que estiver escrevendo o rolo da Torá cometer um erro em qualquer desses nomes,
tudo o que foi feito até ali deve ser destruído, pois é proibido corrigir tais
erros.
O que isso significa em nosso mundo? O homem não é capaz de
perceber o mundo corretamente, a menos que suas Dez Sefirot estejam
adequadamente sintonizadas. Assim como um violino, pois só é possível tocá-lo
se suas cordas estiverem afinadas. Assim, elas formam uma certa inter-relação
umas com as outras, cada qual estando no seu estado ideal corrigido.
De forma semelhante, se ao menos um dos Nomes do Criador ressoa em
nós de maneira incorreta, isto é, se alguma de nossas propriedades não for
totalmente semelhante às Dele, não seremos capazes de perceber Sua
manifestação. Isso significa que, sendo constituídos de Dez Sefirot, percebemos
as ações do Criador em dez de Suas emanações.
Ao mesmo tempo, quando recebemos todas as Dez Sefirot e as
preenchemos completamente com a imagem do Criador, ocorre um fenômeno
maravilhoso. Todas as Dez Sefirot emergem, os limites entre elas desaparecem e
elas formam a Luz Branca, geral e Infinita de Atzilut, para onde ascendemos ao
receber todos os níveis dos Mundos de BYA.
Isso é o que Baal HaSulam escreve no seu "Prefácio ao Livro
do Zohar". Esse "Prefácio" aborda as limitações que existem
entre nós e a realidade que percebemos. Tudo o que experienciamos no nosso
interior somente é percebido nos nossos Kelim egoístas na medida de suas correções.
Se nossas propriedades coincidem com as do Criador, seremos capazes de
compreendê-Lo e senti-Lo cada vez mais e melhor. É como um receptor de rádio
quando sintoniza uma onda externa apenas porque seu próprio contorno de onda é
idêntico àquele da onda externa.
Em outras palavras, apenas nossa equivalência de forma com o
Criador nos habilitará a penetrar no verdadeiro Universo e existir nele. No
início, precisamos fazê-lo nos nossos 613 Kelim, posteriormente sentidos como
Dez Sefirot. Depois disso, eles são sentidos como um todo único, a manifestação
geral do Criador em relação a Malchut. Quando Malchut torna-se, por fim,
semelhante ao Criador, ela funde-se completamente com a Luz nas suas nove Sefirot
precedentes. Todas as imagens apagam-se e desaparecem, enquanto nos fundimos
com a Luz Branca Infinita.
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