37. Além disso, também temos o nível animal, a
terceira fase do desejo de receber, que é tão grande que ele gera em cada uma
das suas partes (isto é, em
cada indivíduo que atinge o nível animal)
a sensação de liberdade, que representa a vida particular de cada parte, que é
distinta das demais.
As plantas e as árvores no campo perdem suas folhas ao mesmo tempo e
então começam a crescer. As folhas caem porque não há sol, mas o sol brilha
para todas elas. Em contrapartida, elas despertam quando o sol nasce, voltam-se
na sua direção e assim por diante. Ou seja, existe uma vida comum a todas,
diferente daquela da natureza mineral, mas ainda assim comum a cada espécie.
Cada animal individual leva uma vida independente, cada um se
movimentando livremente, ainda que existam períodos comuns a grupos específicos
de animais, tais como acasalamento, desenvolvimento, crescimento e aprendizado.
Os animais encontram-se no nível intermediário, mas possuem liberdade de
movimento.
Da mesma maneira, assim que alcançamos o nível animal de
desenvolvimento, onde movimentos interiores independentes despertam em nós, o
trabalho começa em nossos desejos egoístas - que são específicos de cada um.
Então o que há de negativo e insuficiente no nível animal? Por que este não é o
nível final?
Baal HaSulam diz que:
Entretanto, nesses desejos ainda falta a
sensação do outro (isso é o
mais importante), ou seja, eles ainda não
estão preparados para sentir compaixão pelo sofrimento dos outros ou alegria
com a sua boa sorte.
Ele não escreve “sentir prazer no sofrimento dos outros ou prazer com
a sua boa sorte”, mas coloca da forma correta e altruísta: “Sentir compaixão pelo sofrimento dos outros ou alegria com a sua boa
sorte”.
Esse é o quarto degrau do desejo de receber. Por que precisamos dele?
Por que ele distingue o homem (por “homem”, designamos sua categoria
espiritual) de um animal?
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