Como dito acima, os Impactos entre a Ohr Pnimi e a Ohr Makif transformam a Masach de Malchut Mesayemet na Masach de Malchut, que realiza um Zivug em Peh de Rosh. Então, o Bitush da Ohr Makif enfraquece o poder restritivo da Masach fazendo com que, de todo o Aviut de Guf da Masach de Rosh, reste apenas as tênues Reshimot (semelhantes ao Aviut da Masach de Rosh), o que leva à unificação da Masach de Guf com a Masach de Rosh. Como resultado, isso habilita a Masach de Guf a realizar o mesmo Zivug de Haka'a que a Masach de Rosh.
Desse Zivug, emerge um novo
Partzuf que possui suas próprias 10 Sefirot e cujo nível está um grau acima do
Partzuf anterior. Ao mesmo tempo, as Reshimot de Aviut que originalmente
estavam na Masach de Guf são recuperadas. Essa diferença separa a Masach de Guf
da Masach de Rosh
Quando a sua verdadeira natureza
se manifesta, ela não pode permanecer em Peh do Partzuf mais elevado uma vez
que, no Mundo Espiritual, a mudança de propriedades separa um objeto do outro.
Portanto, ela é obrigada a descer e tornar-se um Partzuf individual. Ainda
assim, o Rosh do novo Partzuf está no nível do Guf do Partzuf mais alto, pois
nasceu da sua Masach de Guf.
Essa distinção entre eles os divide em dois Partzufim diferentes
e, sendo que o novo Partzuf emerge da Masach de Guf do Partzuf anterior, este se
relaciona com o seu superior da mesma forma que um ramo se relaciona com sua
raiz.
As Reshimot são a Ohr Makif
que estava no interior do Partzuf e
que saiu dele. Por isso, ela mantém uma conexão especial com o Kli.
A tela já fez um Zivug de
Haka'a nos seus desejos anteriores, recebeu a Luz e certificou-se de que
ela chegasse apenas até o Tabur. Ela
sabe que isso é errado e não levará à Gmar
Tikun. Então, quando seus desejos de receber a Luz pelo Criador são reativados,
eles emergem um nível abaixo. Isso significa que o novo Partzuf receberá a Luz em um nível menor.
A primeira e a segunda porções de Luz são unificadas de forma a
corresponderem à quantidade total da Luz que adentrou Malchut do Mundo do Infinito. Agora, Malchut deve receber toda a Luz que ela continha antes do TA com a nova intenção de receber não em
benefício próprio, mas para agradar ao Criador, isto é, com a ajuda da Masach e da Ohr Hozer.
O segundo Partzuf difere
do primeiro nas suas propriedades, portanto, ele surge não de Peh, como o primeiro, mas abaixo de Peh, ou seja, como se fosse uma cabeça
mais baixo que o primeiro Partzuf.
Mesmo assim, sua cabeça é considerada Guf
do primeiro Partzuf, pois ele emerge
da Masach de Guf do primeiro Partzuf. O segundo Partzuf é o resultado final do primeiro e se ramifica dele como uma
copa ramifica-se do tronco.
Quando a primeira Masach em
Peh de Rosh rejeita a Luz, ela se
coloca em uma posição independente em relação ao doador. A segunda Masach, no Guf, diz que pode receber apenas em benefício do anfitrião. Ela
possui cinco desejos e o Partzuf
preenche cada um deles em cerca de 20%. O restante dos desejos permanecem
vazios, pois a Masach não é forte o
suficiente.
Ao receber a Luz no seu interior, a segunda tela desce. A Ohr Makif continua a interagir com o Partzuf: ela o pressiona e tenta
preencher os desejos remanescentes. A Masach
de Guf não consegue suportar isso e ascende ao nível da Masach de Rosh, e a Luz deixa o Partzuf. A Masach unificada realiza um novo Zivug e, como resultado, um novo Partzuf surge um nível abaixo do anterior, o qual difere quanto à
qualidade da Luz.
A peculiaridade é que o Partzuf AB não nasce da Masach de Rosh de Galgalta, mas da Masach de
Guf. O que é estranho, pois ocorreu um Zivug
no Behina Guímel, no Rosh de Galgalta. Isso é explicado no "Estudo das Dez Sefirot",
parte três, resposta 310. Enquanto a Masach
de Guf, isto é, a Masach de Behina
Dalet, ascende ao Peh de Rosh,
ela se funde com o Aviut de Rosh, que
é um "Aviut ascendente".
Entretanto, ele é um Aviut de Behina Guímel, não de Dalet, pois o Aviut de Behina Dalet é a
Masach de Guf, que nunca utilizou o Aviut Guímel.
Aqui, podemos determinar dois
conceitos fundamentais:
1. A Essência. Essa é a Masach
de Guf, que eleva-se à Rosh
exigindo ser preenchida. Por isso que a Masach
de Rosh de Galgalta realiza um Zivug em Behina Guímel. Quando a essência da Masach elevada torna-se clara, ela desce novamente ao Guf, não ao Tabur (Behina Dalet) mas
ao Chazeh (Behina Guímel). Esse Behina
não é chamado de "filho ou descendente", mas de "Partzuf AB Pnimi", ou seja, Partzuf AB, que se expande no interior
dos Kelim vazios de Galgalta e é considerado Guf de Galgalta, pois emerge de um Zivug no Rosh de Galgalta.
2. A Inclusão. Depois da Masach
de Guf ter descido ao Chazeh, as Reshimot do Aviut "descendente" são ativadas durante sua presença em Malchut de Rosh.
Ocorre que, em relação a AB
Pnimi, essa é a Masach HaMesayem
(que limita a expansão da Luz), nascida de um Zivug no Aviut Guímel em Peh de Rosh de Galgalta. Contudo, no que diz respeito à propriedade da
"inclusão", ela é Masach
HaMizdaveg (que interage com a Luz).
Então, ela atrai novamente a Luz, realizando um Zivug de Haka'a no Behina Guímel, para que o Rosh
AB saia do Chazeh e suba até Peh de Galgalta. O Peh de AB está no nível do Chazeh
de Galgalta, enquanto que o Guf de AB
expande-se para baixo até o Tabur de Galgalta. Ocorre que AB Pnimi expande-se no interior dos Kelim de Galgalta e AB Hitzon (de fora) veste-se nele de forma que mesmo seu Rosh esteja no lugar do Guf de Galgalta. AB Pnimi
espalha-se do Rosh de Galgalta (Behina Dalet) para o interior dos Kelim vazios de Behina Dalet,
mas AB Hitzon não tem qualquer
relação com Behina Dalet.
Dois objetos unificados são completamente semelhantes em seus
desejos. Na mesma medida que a Masach
puder suportar o egoísmo, o Kli
torna-se semelhante ao Criador nas suas propriedades, recebendo a Luz dentro de
si com a intenção pelo Criador. A comparação das propriedades é a comparação de
intenções, mas isso não significa que ambos tornem-se um objeto único: eles
continuam sendo dois objetos, mas suas propriedades são tão semelhantes que,
neste momento, da nossa perspectiva, não há diferença.
Quanto mais o Partzuf
recebe, mais se torna semelhante ao Criador nas suas intenções, e menos nas
suas ações. Para tornar-se semelhante ao Criador, a pessoa deve desenvolver o
seu próprio egoísmo, a fim de receber mais em benefício do Criador, mas isso
levará a uma diferença ainda maior entre a criação e o Criador nas suas ações.
Quando a Masach em Peh de Rosh rejeita toda a Luz, ela se torna,
por assim dizer, semelhante ao Criador nas suas ações, pois ela também não
recebe, mas se isola Dele na sua intenção.
O método da auto-restrição é errôneo. Não há necessidade de jejuar
e rejeitar prazeres, pelo contrário: o Criador aumenta o egoísmo do homem na
medida em que ele pode utilizar a tela e trabalhar com ela. Assim, das duas
telas mencionadas acima, a tela do Guf
pode levar ao Espiritual.
Entretanto, se a tela está apenas em Peh de Rosh, então, o homem é como uma pedra que não precisa de
nada, que não tem movimento interior. Nunca foi claro como o egoísmo pode levar
ao Espiritual, uma vez que o propósito da Criação implica a recepção de prazer.
O Kli não vê o que está
fora de si. Todos os nossos nomes ("Ohr
Makif", "pressão de fora", "ainda não entrou") são
conceitos pertencentes à linguagem do nosso mundo a partir dos quais precisamos
imaginar, de alguma forma, uma ação espiritual. Apesar disso, não há, de fato,
uma Luz pressionando de fora, e não há prazer nisso. O Kli interno do homem sentirá prazer se essa Luz estiver dentro
dele. Dessa forma, para que eu tenha desejo suficiente pelo prazer, devo de
alguma forma imaginar e sentir esse prazer. A Luz é uma reação interna do Kli a um tipo de influência emanada pelo
Criador, isto é, a Luz corresponde à nossa "resistência". Tudo
depende de como o Kli irá reagir a
essa influência. Apenas a Ohr Pnimi
que penetra o Kli é a medida da
semelhança com o Criador.
Todos os Partzufim,
desde o Mundo do Infinito até o nosso mundo, nascem de acordo com o mesmo
princípio: o Partzuf mais baixo
deriva do mais alto.
O homem não deve nunca pensar
sobre o que acontecerá com ele no próximo instante. Mas deve sempre utilizar o
momento presente, tentando penetrar constantemente na sua profundidade. O
momento seguinte nascerá deste, mas a pessoa não deve esperar que ele venha e
nem pensar sobre como será. A passagem para o Mundo Espiritual depende do
discernimento interior do presente.
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