quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Shamati (36)

 

 

36. O que são os três corpos no homem?

(Ouvi em 24 de Adar, Tav-Shin-Dalet, 19 de Março de 1944, Jerusalém)

 

O homem é composto de três corpos:

 

1. O corpo interno, que é uma vestimenta para a alma da Kedushá (Santidade);

 

2. A Klipá (casca) de Noga;

 

3. A pele da serpente.

        

A fim de salvar um corpo dos outros dois, para que eles não interfiram com a Kedushá, e para que o indivíduo seja capaz de usar apenas o corpo interno, o conselho para isso é que há um remédio:  pensar apenas sobre as coisas que dizem respeito ao corpo interno.

        

 

Isso significa que o pensamento do indivíduo deve se manter sempre na autoridade singular, ou seja, “Não há ninguém além Dele”. Ou seja, Ele faz e fará todas as ações, e não há criação no mundo capaz de separar o indivíduo da Kedushá.

 

E porque ele não pensa naqueles dois corpos, eles morrem, pois não têm nutrição e nada os sustenta, já que os nossos pensamentos sobre eles são a sua provisão. Esse é o significado do verso (Gênesis 3:19): “No suor do teu rosto comerás o teu pão.” Antes do pecado da Árvore do Conhecimento, a vitalidade não dependia do pão. Ou seja, não havia necessidade de atrair luz e vitalidade, mas havia iluminação.

 

Porém, depois do pecado, quando Adam HaRishon se uniu ao corpo da serpente, a vida se tornou ligada ao pão, no sentido de que o alimento deve ser sempre atraído de novo. E se eles não têm o sustento, eles morrem. Isso se tornou uma grande correção a fim de salvar-se daqueles dois corpos.

 

Portanto, o indivíduo deve tentar, com toda a sua força, não ter pensamentos sobre esses corpos, e talvez seja isso que nossos sábios disseram: “Pensamentos de transgressão são mais difíceis que uma transgressão”, pois os pensamentos são o seu alimento. Em outras palavras, eles recebem vitalidade dos pensamentos que o indivíduo dedica a eles.

 

Dessa forma, o indivíduo deve pensar apenas sobre o corpo interno, pois ele é uma vestimenta para a alma da Kedushá. Ou seja, ele deve ter pensamentos além da própria pele. Além da própria pele é chamado de “fora do próprio corpo”, o que significa fora do benefício próprio, apenas pensamentos em benefício de outros. Isso é chamado “fora da própria pele”.

 

Isso é assim porque além da própria pele não há controle para as Klipot (plural de Klipá), pois as Klipot controlam apenas aquilo que está dentro da pele do indivíduo, ou seja, aquilo que pertence ao seu corpo, e não fora do seu corpo, chamado de “fora da própria pele”. Isso significa que elas possuem qualquer coisa que está vestida no corpo, e não podem segurar nada que não esteja vestido no corpo.

 

Quando o indivíduo persiste com pensamentos além da própria pele, ele será recompensado com o que está escrito (Jó 19:26): “E quando já estiver destruída minha pele e já não existir minha carne, contemplarei a Deus.” Essa é a Shechiná, ela fica além da pele do indivíduo. “Destruída” significa que foi corrigida para ser um pilar “depois da minha pele”. Nesse momento, quando “já não existir minha carne”, o indivíduo é premiado com “contemplarei a Deus”.

 

Isso significa que a Kedushá vem e veste o interior do corpo especificamente quando o indivíduo concorda em trabalhar fora da própria pele, ou seja, sem nenhuma vestimenta. Os perversos, no entanto, aqueles que querem trabalhar precisamente quando há vestimenta no corpo, chamado “dentro da pele”, eles morrerão sem sabedoria. Isso é porque, então, eles não têm vestimenta e não são premiados com nada. No entanto, são especificamente os justos que são recompensados com a vestimenta no corpo.

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