domingo, 1 de julho de 2018

Kinianim (1)




Aos vinte e dois anos, fui pai de Maíra, uma alma indígena, doce como o mel da Jati; aos quarenta e quatro anos, fui pai de Sofia, uma alma japonesa, com habilidades intelectuais e manuais (pinta e toca piano) impressionantes; e, aos cinqüenta e nove anos, fui pai de Anna, uma alma italiana, com talentos ainda a serem desenvolvidos. Os corpos, nossos pobres e deploráveis corpos, obedecem à genética e à educação; as almas, nossas gloriosas e exaltadas almas, obedecem ao Guilgul.



Poucos homens receberam a graça (Anna significa graça) de serem pais nas três instâncias mais importantes da vida: na primavera, no outono e no inverno.



Em meu estado vegetal de alma recebi Maíra; em meu estado animal de alma recebi Sofia; e, em meu estado falante de alma recebi Anna;



Meu Trabalho, agora, e é o último, será o de integrar esses três estágios, para evoluir, enfim, ao nível de Adam Kadmon. Já me vejo, de mãos dadas, com a Anna, a caminho das reuniões do Kadosh. No dia em que ela foi concebida, plantei uma nova romanzeira em meu quintal. Segundo a Kabbalah, as romãs possuem 613 grãos. A Anna, que nasceu prematura, porque não suportava mais o mecônio, terá 613 Kinianim, e cumprirá, rigorosamente, as 613 Leis da Kabbalah.



Kinianim, para quem não sabe, são possessões, propriedades espirituais.  

Nenhum comentário:

Shamati (127)

    127. A diferença entre o núcleo central, a essência e a abundância agregada ( Su cot Inter 4, Tav - Shin - Guimel , 30 de setembro d...