Aos
vinte e dois anos, fui pai de Maíra,
uma alma indígena, doce como o mel da Jati; aos quarenta e quatro anos, fui
pai de Sofia, uma alma japonesa, com
habilidades intelectuais e manuais (pinta e toca piano) impressionantes; e, aos
cinqüenta e nove anos, fui pai de Anna,
uma alma italiana, com talentos ainda a serem desenvolvidos. Os corpos, nossos
pobres e deploráveis corpos, obedecem à genética e à educação; as almas, nossas
gloriosas e exaltadas almas, obedecem ao
Guilgul.
Poucos
homens receberam a graça (Anna significa graça) de serem pais nas três instâncias mais importantes da vida:
na primavera, no outono e no inverno.
Em
meu estado vegetal de alma recebi Maíra; em meu estado animal de alma recebi Sofia; e, em meu estado falante de alma recebi Anna;
Meu
Trabalho, agora, e é o último, será
o de integrar esses três estágios, para evoluir, enfim, ao nível de Adam Kadmon. Já me vejo, de mãos dadas,
com a Anna, a caminho das reuniões
do Kadosh. No dia em que ela foi concebida, plantei uma nova romanzeira em meu quintal. Segundo a
Kabbalah, as romãs possuem 613 grãos. A Anna,
que nasceu prematura, porque não suportava mais o mecônio, terá 613 Kinianim, e cumprirá,
rigorosamente, as 613 Leis da Kabbalah.
Kinianim, para quem não sabe, são possessões,
propriedades espirituais.
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