terça-feira, 18 de setembro de 2018

Contos de Chanun Katan (7)


 Badaladas na Torre


O aluno, como sempre, chegou atrasado para a aula de Estudos Avançados de Kabbalah. Chanun Katan parou de falar, aguardou que aquela parte, renitente e revoltada, de sua própria alma se sentasse, abrisse o seu livro de estudos e estivesse apta para se conectar e ouvir.



“Se a Rainha da Inglaterra te convidasse para o Chá das Cinco no Palácio de Buckingham tu chegarias às cinco e dez?”, perguntou o Pavio Curto.



“Claro que não”, o aluno respondeu.



“E por que tu chegas sempre com dez ou quinze minutos de atraso para o Chá das Cinco com Hashem, que é o Rei da Rainha da Inglaterra?



Durante a aula, dois ou três alunos comentaram ter ouvido as badaladas do Sino da Torre.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Hillulot (8)


Rabbi Yehudah Ashlag


Kabbalist


10 de Tishrei



Nascido na Polônia, em 1886;

Falecido em Israel, em 1955.



Rabi Yehudah Leib Ashlag, o grande cabalista contemporâneo ganhou reconhecimento mundial pela sua obra monumental HaSulam, uma tradução interpretativa do Zohar em hebraico que deixou acessível o texto aramaico original acessível aos estudantes desse Livro Sagrado.



Rav Ashlag foi um líder chassídico, mas diferente da maioria dos Rebes, ele não era descendente de uma linhagem chassídica. Muito pouco se sabe sobre sua infância, mas com 13 anos já tinha um vasto conhecimento de todo o Talmud. Tornou-se um chassidut do Rabi Meir Shalom de Kalushin e com frequência viajava à Belz para estar na presença do Belzer Rebe, Yissachar Dov.



Quando jovem, foi Rabi de uma congregação de Varsóvia. Entretanto, depois de decidir dedicar-se ao estudo da Cabalá, desistiu dessa posição, afastou-se dos assuntos mundanos e viveu em absoluta pobreza. Era tão pobre que seus comentários eram escritos em pedaços de papel.



Um grande mistério envolve a pessoa que o introduziu aos ensinamentos da Cabalá. A única informação que temos encontra-se em uma carta do Rav Ashlag na qual escreve: "Na sexta-feira, no décimo segundo dia de Marchesvan, em 1919, uma certa pessoa me visitou… Eu imediatamente senti que se tratava de um homem santo. Ele prometeu revelar a Sabedoria da Cabalá em todas as suas facetas. Estudei com ele por cerca de três meses… À medida que fiquei mais proficiente, meu mestre sagrado foi se afastando, até que no fim desses três meses, desapareceu completamente. Procurei por ele mas não o encontrei. Na manhã do nono dia de Nissan, o encontrei, quando então me revelou um mistério tão profundo que me deixou paralisado… Já que ele parecia estar muito fraco, fiquei com ele e não saí do seu lado. No dia seguinte, o décimo de Nissan, meu mestre sagrado faleceu. Ele era um comerciante proeminente de Varsóvia, admirado por sua integridade, mas ninguém sabia que era também um grande cabalista. Ele me fez prometer que nunca revelaria sua identidade à ninguém".



Em 1922, Rav Ashlag estabeleceu-se em Jerusalém, onde viveu com sua família num pequeno apartamento de sótão numa ruela estreita, próxima ao Muro das Lamentações, e estudou na Yeshivá Chayei Olam. Logo foram reconhecidos sua misericórdia extraordinária e profundo conhecimento de Chochma Nistar (Sabedoria Oculta), e um grupo de jovens alunos passou a ouvir fervorosamente às suas exposições sobre os ensinamentos do Ari a respeito do Zohar, como anunciado no Etz Chaim. Entretanto, sua extrema pobreza o forçou a aceitar o posto de Rabino em Givat Shaul, uma nova sessão nas proximidades de Jerusalém, onde estabeleceu uma Beit Midrash e Kollel chamados Ittur Rabbanim. Suas palestras sobre Cabalá, dadas de forma lúcida e sistemática, atraiu um grande número de seguidores.



Nos últimos dez anos da sua vida, Rav Ashlag viveu em B'nie Brak e Tel Aviv. Foi lá que completou sua maior obra HaSulam (a Escada), vinte e um volumes em hebraico da tradução e interpretação do Zohar, acompanhados de uma extensa introdução, que fornece a chave para os conceitos cabalísticos do Zohar. E explica o título dizendo: "Se a pessoa tem o sótão cheio de jóias preciosas, tudo o que ela precisa é de uma escada para alcançar esses tesouros".



No Yom Kipur de 1955, Rabi Yehuda Leib Ashlag faleceu deixando dois filhos - Rabi Baruch Shalom, que faleceu em 1983, e Rabi Binyamin, que fundou um Kollel em B'nie Brak, onde dissemina ensinamentos cabalísticos entre chassidim e estudantes de Cabalá.


domingo, 9 de setembro de 2018

Shofar (6)

Estamos entrando em Ioma Arichta, dias prolongados, quando se toca o Shofar. Abaixo, texto no blog da Editora Sefer, de São Paulo, sobre esse tema:

http://blog.sefer.com.br/1166/?utm_campaign=rosh_hashana_2018__os_dois_dias_de_rosh_hashana&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Shamati (127)

    127. A diferença entre o núcleo central, a essência e a abundância agregada ( Su cot Inter 4, Tav - Shin - Guimel , 30 de setembro d...