Após mil anos, pode ter sido encontrada a profética pedra perdida do
peitoral do Sumo Sacerdote
Às vezes,
histórias incríveis são, de fato, verdade. E, nesse caso, especialistas
concordam que uma pequena pedra de ônix, supostamente entregue a um cavaleiro
templário há mais de mil anos e passada de geração em geração por uma família,
é o que o atual proprietário afirma ser: uma jóia do peitoral do Sumo Sacerdote
em Jerusalém.
Uma pedra
profética ou mágica?
As pedras
do mishpat escolhido, o peitoral do Sumo Sacerdote, eram mencionadas na
Bíblia como urim v’tumim, uma frase que desafia a tradução.
E
colocarás no peitoral do julgamento o Urim e o Tumim; e eles serão colocados
sobre o coração de Aaron. (Êxodo, 28:30)
O Talmud
(Yoma, 73a) descreve como questionamentos eram feitos ao peitoral, e como as
luzes se acendiam para soletrar a resposta. O livro de Samuel lista os urim
v’tummim como uma das três maneiras de comunicação divina: sonhos, profetas
e os urim v’tumim.
E quando
Saul indagou Hashem, Hashem não o respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem
por profetas. (Samuel, 28:6)
De acordo
com o Talmud (Yoma, 21b), os urim v’tumim foram perdidos quando
Jerusalém foi saqueada pelos babilônios. O Livro de Ezra menciona que, após o
fim do cativeiro babilônico, os indivíduos que não pudessem provar que eram
descendentes de sacerdotes antes do início da escravidão, precisavam esperar
até que fossem descobertos os sacerdotes que possuíam os urim v’tumim.
Além das
12 pedras montadas no peitoral, havia duas pedras sardônicas fixadas em
armações de ouro nos ombros do Sumo Sacerdote.
E
colocarás duas pedras sobre as ombreiras do éfode, para serem pedras de
memórias para os filhos de Israel; e Aaron carregará seus nomes perante Hashem
sobre seus dois ombros para um memorial. (Êxodo, 28:12)
Especialistas
acreditam que esta é uma dessas pedra. Se for verdade, está contido nela o
poder da profecia e ela pode exercer um papel importante no retorno da Casta
Sacerdotal para o serviço no Templo.
Descoberta:
incrível demais para acreditar
Em 2000,
o Dr. James Strange, um notável professor de estudos religiosos e arqueologia,
viajou para a África do Sul. Uma conhecida sugeriu que Dr. Strange contatasse
uma família que ela havia conhecida lá e, se pudesse, ajudasse-os com uma
avaliação gratuita de uma pedra preciosa. Eles eram de origem humilde e o Dr.
Strange era um avaliador certificado, cujos serviços eram muito procurados.
Dr.
Strange se encontrou com a família, com a intenção de fazer a sua vontade. Ao
invés disso, ele ficou assombrado com o que lhe mostraram. “Eu fiquei de fato
maravilhado com aquela pedra preciosa”, disse Dr. Strange ao Breaking Israel
News. A pedra em si não era nada de especial. Uma pedra sardônica semi-preciosa,
tinha pouco valor intrínseco.
Mas o Dr.
Strange estava intrigado pelo objeto que segurava nas mãos. “Eu desconhecia que
alguém no fim da Idade Média tivesse a tecnologia para cortar um hemisfério em
tal meio, então eu tentei esgotar todas as outras explicações”, disse.
Ainda
mais surpreendente que o corte na pedra foi a inexplicável inscrição dentro
dela, visível através de uma superfície clara: duas letras em hebraico antigo.
Na avaliação da jóia, o Dr. Stone escreveu que “não há nenhuma tecnologia
moderna ou antiga, que eu conheça, por meio da qual um artesão poderia produzir
a inscrição, já que ela não é gravada na superfície da pedra.”
O Dr.
Strange era um especialista, mas quando se deparou com tamanho mistério, buscou
ajuda. Procurou o sul-africano Ian Campbell, diretor do laboratório Independent
Coloured Stones, em Joanesburgo, e um proeminente especialista em jóias.
Campbell ficou igualmente estupefato.
Ele
estudou a pedra, tentando precisar sua origem. A história do proprietário, de
que fazia parte do peitoral do Sumo Sacerdote, era incrível demais. Mas a
família tinha documentos que traçavam sua descendência a um ancestral
masculino, do período das Cruzadas, que havia estado na Terra Santa durante a
Idade Média. Esse ancestral afirmava que a pedra era uma recompensa do Sumo
Sacerdote. Poderia ser verdade?
A
história de mil anos
De acordo
com a tradição da família Auret, o ancestral, chamado Croiz Arneet deTarn
Auret, recebeu a pedra do Sumo Sacerdote como demonstração de gratidão por seu
papel na libertação de Jerusalém por volta de 1189. A custódia da pedra foi
passada adiante na família Auret, pela linhagem masculina, até o século XIX.
Essa tradição foi quebrada quando Abraham Auret morreu, em 1889, deixando a
pedra para sua filha, Christina Elizabeth.
Depois de
seu casamento com William James Hurst, a pedra deixou o nome Auret, e tem sido
passada, desde então, de mãe para filha. Árvores e documentos genealógicos
meticulosamente registrados corroboram a história. A pedra foi passada adiante
como herança e atualmente pertence uma idosa senhora da África do Sul, que
prefere se manter anônima.
Ao longo
dos séculos, foi transmitida de forma muito rigorosa para cada membro da
família a informação de que foi a mão de Deus que inseriu a misteriosa
inscrição no interior da pedra.
Especialistas
concordam
O
mistério da escrita permaneceu. O Dr. Strange notou que a pedra não tinha
marcas externas, então certamente não havia sido colocada em um anel ou em um
colar. Ele foi forçado a concluir que ela provavelmente fora assentada em uma
grande armadura ou em um peitoral. Ele datou a produção da pedra,
aproximadamente, ao século 5 antes da era comum.
Como um
avaliador, o Dr. Strange não podia apagar toda a dúvida, mas ele podia, com
certeza, avaliar a pedra como única. Ele estimou o valor da pedra entre 175 e
225 milhões de dólares.
O
especialista em jóias, senhor Campbell, microfotografou a pedra (fotografou por
um microscópio), confirmando que ela não havia sido cortada para fazer a
inscrição. Quando lhe foi pedido para estimar um valor para a pedra, o senhor
Campbell escreveu: “Como alguém pode logicamente sair colocando um valor em
algo como um comprovado artefato religioso que é um artigo único?”
Ele
estimou que 200 milhões de dólares era um “justo ponto de partida”.
O
proprietário da pedra também consultou o professor M. Sharon, da Universidade
de Witwatersrand. O professor, um especialista em hebraico antigo, recebeu uma
foto da pedra. As imagens borradas davam pistas de algo surpreendente, mas ele
precisava ter certeza. Intrigado, ele pediu para examinar a própria pedra.
Em seu
relatório escrito, ele disse que quando a colocou contra a luz, ficou
maravilhado em ver claramente, no interior da própria pedra, duas letras em
hebraico antigo. As letras pareciam estar gravadas ou queimadas no coração da
pedra.
“Devido à
claridade das letras e a sua excelente definição, seria inacreditável se fossem
coincidentemente uma formação natural da pedra”, ele afirmou no relatório
autenticado. “A falta de qualquer sinal aparente de interferência na superfície
torna a existência das letras dentro da pedra um verdadeiro enigma,”
Ele notou
que as inscrições em hebraico antigo eram escritas do que ele descreveu como “o
equivalente ao nosso ‘B’ (beit) e ‘K’ (hey)”. Ele identificou o
estilo de escrita, datado do ano 1000 antes da era comum, com margem de 200 a
300 anos para mais ou para menos.
Em 1994,
a Dra. Joan Goodnick Westenholz, que serviu como Curadora Chefe no Museu Bible
Lands, em Jerusalém, examinou a pedra. Ela concluiu: “É um objeto único que
não tem nenhum similar ou contraparte idêntica; é a única do seu tipo no
mundo.”
A Dra.
Goodnick Westenholz acreditou que a jóia era “impagável”, estimando a data da
produção da pedra aproximadamente ao século 7 antes da era comum. Ela ressaltou
que a inscrição “no formato de uma possível letra é uma forma da letra beit do
hebraico arcaico do século 9.”
No seu
relatório autenticado, ela observou, ao lado da letra beit, “o que pode
ser percebido como a imagem de um lobo”. Ela destacou que o lobo correspondia à
bênção que Jacó deu a Benjamin.
Binyamin
é um lobo que devora com fúria; de manhã ele devora a presa, e à tarde ele
divide a rapina. (Gênesis, 49:27)
Mas é
verdade?
A Dra.
Westenholz e Ian Campbell já falecerem, mas o Breaking Israel News foi
capaz de confirmar que suas afirmações e documentações são genuínas. O aprendiz
de Campbell, Jeremy Rothon, confirmou a avaliação original e disse ao Breaking
Israel News que ele estava ciente da herança da pedra. O objeto deixou
Campbell muito impressionado e ele discutiu bastante sobre ele com seu aluno.
O Dr.
Strange lembra muito bem da pedra, e está mais convencido do que nunca de sua
autenticidade. “Muita água já passou por debaixo da ponte desde então”, disse
Dr. Strange ao Breaking Israel News. “Eu calculei, então, que se fosse
uma fraude, uma ou mais pedras similares teriam aparecido rapidamente no
mercado internacional, mas que eu saiba isso não aconteceu.”
Ele pediu
um novo exame da jóia. “Eu acho que esse objeto precisa de uma nova avaliação e
de todos os testes científicos possíveis para determinar se é genuína”, disse
Dr. Strange. “Se acabar por ser um artefato importante na história do povo
judeu, então isso é realmente maravilhoso. Se for uma fraude magistral, então
eu ficarei triste por ter sido enganado.
A viagem
para casa
O atua
proprietário fez contato com um empresário sul-africano para encontrar
investidores dispostos a comprar a pedra e levá-la a Israel. Ambas as partes
preferem permanecer anônimas. Quando ele viu a pedra e entendeu o que era, o
empresário ficou consternado, entendendo que a pedra poderia facilmente se
tornar uma mercadoria, um objeto de ganância. Ele reconheceu que essa pequena
pedra é uma enorme parte da história judaica e se comprometeu a encontrar um
investidor que recompensasse o proprietário com a intenção de trazer a pedra a
Israel e doá-la ao Templo.
“Estive
envolvido com negócio como esse antes”, ele contou ao Breaking Israel News.
“Há pedaços da herança egípcia em museu pelo mundo todo. As pessoas acham
alguma coisa e a vendem, sem pensar sobre o que é aquilo. É isso que é feito e
é uma vergonha, ainda mais com essa pedra. Muitas pessoas tem tentado comprar
ou vender essa pedra, para torná-la um negócio. Tudo que eu realmente quero é
devolver a pedra a Israel, a quem ela pertence.”
Muitas
pessoas começaram a desconfiar da conexão de Israel ao Monte do Templo,
afirmando que os Templos Judaicos são contos de fada. Essa pequena pedra e a
sua milagrosa gravação que um dia iluminou o peitoral do Sumo Sacerdote são
provas de que o Templo existiu em Jerusalém, e que pode indicar o retorno de
mais artefatos que foram perdidos e que esperam voltar para casa.
Traduzido por Poliana Pasa de BreakingIsraelNews