sexta-feira, 30 de abril de 2021

Kabbalah Sem Segredos (29)

 

O propósito da Kabbalah

 

Quando começas a estudar Kabbalah, começas a te conectar com a parte mais interna de ti mesmo. Os poderes que dão forma a tua vida se fazem cada vez mais claros e mais familiares. Na Kabbalah, o poder que ilumina o ponto mais profundo do teu interior se chama “Luz Circundante”. Quando estudas com a vontade de absorveres o máximo possível, teu progresso espiritual se acelera centenas de vezes mais rápido do que faria sem esse método.

 

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Kabbalah Sem Segredos (28)


A Sabedoria do oculto

 

Na kabbalah o desejo de ser como o Criador é o desejo mais intrínseco de cada um de nós e está implícito em cada coisa que fazemos, cada vez que respiramos e em cada um de nossos pensamentos. Esse desejo, sem dúvida, no princípio obscurece a nossa consciência, e ele se encontra oculto embaixo de montanhas de conceitos errôneos acerca da vida e de nós mesmos. Esses conceitos errôneos não estão ali por acaso: foram colocados ali pelo mesmo poder que pouco a pouco os elimina. Estão ocultos para impedir que vejamos a verdade prematuramente. A Sabedoria da Kabbalah é o método e o meio de revelarmos essa verdade oculta, e é daí que deriva um de seus nomes: A Sabedoria do oculto.


sexta-feira, 16 de abril de 2021

Kabbalah Sem Segredos (27)

 

Quero dar mais

 

Mas como pode o mais extremo egoísmo converter-se em seu oposto? Recorda-te que o Criador é benevolente. Ele não tem nada a mais em Sua mente a não ser o ato de dar. Como resultado, Ele cria criaturas que somente desejam receber. Essas criaturas começam a receber o que Ele dá, mais e mais, mais e mais. Infinitamente.


À medida que a vontade de receber evolui nas criaturas, tem lugar uma quase mágica transformação: estas não apenas desejam o que o Criador lhes dá, mas também desejam ser Criadores. Pensa em como cada criança deseja ser como seus pais. Pensa também que a base da aprendizagem é o desejo de crescer da criança. Os cabalistas dizem que a vontade de crescer da criança baseia-se no desejo da criatura de ser como Seu Criador.

 

Se teus pais são os teus modelos, tu estudarás suas ações e farás o maior esforço para imitá-los e te converteres também em adulto. Da mesma forma, se o Criador é teu modelo, tu estudarás o Criador com a finalidade de ser como Ele é. Se o Criador que tu estudas dedica-se a dar, dedica-se à benevolência, podemos ver como o egoísmo extremado que deseja te converter em alguém “similar ao Criador” pode transformar-se em altruísmo (que exploraremos com maior profundidade nos próximos capítulos), porque isso é o que Ele é.  Na Kabbalah, a habilidade de ser como o Criador chama-se “Lograr o atributo de doar”.

 

A consequência, apesar de que isso possa soar como um oximoro, é que o desejo mais egoísta de cada pessoa é ser como o Criador: um completo altruísta.

 

No caminho: Outra forma de se pensar essa questão do altruísmo é ter em mente que a Kabbalah nos recorda que não estamos separados, senão que formamos parte de nosso mundo. O altruísmo propõe sermos um com os demais, unidos a eles. Dado que somente conhecemos a nós mesmos através de nossa conexão com todos os demais, o altruísmo, desde essa perspectiva, é uma maneira inteligente de buscar também nosso próprio bem-estar. Então, se todos estamos unidos, ser amáveis e generosos com os demais é ser amável e generoso conosco mesmos.   


quarta-feira, 14 de abril de 2021

Kabbalah Sem Segredos (26)


Dá-me mais

 

No entanto, na prática a questão não é tão simples nem tão idílica como poderia parecer. Ashlag mesmo aponta uma parte da complexidade da condição humana em seu ensaio “Paz no mundo”:

 

"Todos e cada um dos indivíduos se sentem como se fossem os únicos governantes no mundo do Criador, e que todos aqueles que também foram criados somente o foram para facilitar e melhorar as suas próprias vidas, até o grau de não sentirem nenhuma obrigação de dar nada em troca. E em palavras simples diremos que a natureza de todos e de cada um dos indivíduos é a de explorar as vidas de todos os demais para seu único e próprio benefício, e que tudo o que alguém dá para o outro é somente por obrigação".

 

Claro está que esta é uma caracterização exagerada das coisas e que tu não sentes isso o tempo todo, e que talvez até nem sintas. No entanto, quando desces ao fundo da tua alma, encontras coisas que não sabias que estavam lá. No princípio, isso pode parecer similar à descrição extrema de Ashlag, e é bom recordar que em Kabbalah esse interesse excessivo por si mesmo é crucial no processo de autoconsciência que conduz à correção.

 

De fato, existe uma razão para certas condutas que até os nossos pais criticavam como sendo simples e puro egocentrismo. Os cabalistas chamam a esse sentimento de egoísmo. E esse egoísmo extremo, quando corrigido, se converte no mais alto nível de altruísmo e benevolência.

 

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Kabbalah Sem Segredos (25)

O correto

 

A Kabbalah, como tudo mais, é muito simples, desde que a conheças. Ela explica que o Criador é benevolente e que Ele quer nos dar prazer infinito e eterno. Dado que o Criador é benevolente, criou-nos com um desejo infinito e eterno de receber o prazer que Ele deseja nos dar. Na Kabbalah, isso se chama “a vontade de receber gozo e prazer”, ou, resumidamente, “a vontade de receber”.

 

As palavras do cabalista Yehuda Ashlag, em sua introdução ao Livro do Zohar, mostram como os sábios da Kabbalah explicam a necessidade do Criador de criar a vontade de receber (criaturas):

 

O Criador criou o mundo sem nenhuma outra razão que a de deleitar a Suas criaturas (...). Aqui devemos preparar as nossas mentes e os nossos corações já que este é o objetivo final e o ato da criação do mundo. Dado que o Pensamento da Criação foi deleitar as Suas criaturas, Ele necessariamente criou as almas com uma grande quantidade de desejo de receber o que Ele havia pensado em dar (...). Por tanto, o Pensamento da Criação em si mesmo instalou na criação uma exagerada vontade de receber, para ajustar-se ao imenso prazer que o Todo Poderoso pensou outorgar às almas.

 

Em outras palavras, temos a capacidade e o potencial, inclusive o desejo inconsciente, de nos conectarmos ao Criador e, ao receber Seus prazeres, de aumentar o nosso próprio prazer de viver.


sexta-feira, 2 de abril de 2021

Kabbalah Sem Segredos (24)


O sexto sentido

 

O “como” do recebimento na Kabbalah trata de perceber o mundo espiritual, um mundo invisível aos cinco sentidos, mas que, de alguma forma, nós, cabalistas, experimentamos. Se tudo o que percebemos depende dos nossos sentidos, parece razoável que tudo de que necessitamos para sentir o mundo espiritual seja um sentido especial, um sentido extra. Noutras palavras, não é necessário buscar nada fora de nós mesmos, mas apenas cultivar uma percepção que já existe em nós e que permanece adormecida. Na Kabbalah, essa percepção extra chama-se “sexto sentido”.

 

De fato, essa etiqueta é confusa, já que em português confunde-se com “intuição”. Não é um sentido de acordo com a acepção cotidiana e fisiológica da palavra. No entanto, dado que isso nos permite perceber algo que de outra forma não perceberíamos, os cabalistas decidiram chamá-lo de “sexto sentido”.

 

Esta é a peça-chave da Kabbalah: nossos cinco sentidos estão “programados” para servir a nossos interesses pessoais. Por esse motivo, tudo o que percebemos é o que parece servir aos nossos melhores interesses. Se, de alguma maneira, os nossos sentidos estivessem programados para servir aos interesses do mundo inteiro, então isso seria o que perceberíamos. Desta forma, cada um de nós seríamos capazes de captar o que percebem todas as outras pessoas, animais, plantas e minerais do Universo. Nos transformaríamos em criaturas de percepção ilimitada, isto é, oniscientes. Seríamos pessoas semelhantes a Deus.

 

Em tal estado ilimitado, inclusive os cinco sentidos seriam utilizados de modo muito distinto. Ao invés de enfocarmos tanto nos interesses pessoais, os sentidos serviriam de forma mais plena como meio de comunicação com os demais. O fato é que, em termos cabalísticos, o sexto sentido, que permite a percepção dos mundos espirituais, não é um sentido segundo o significado usual da palavra, senão a intenção com a qual utilizamos os nossos sentidos. Na Kabbalah, essa intenção se chama kavaná. A intenção é um conceito cabalístico crucial que exploraremos com maior profundidade nos capítulos 4 e 15.

 

No caminho: Outra forma de explicar como a kavaná (ou intenção) expande a nossa percepção é pensar nela como uma “meta” pela qual atuamos. Se queremos beneficiar a nós mesmos, então tudo o que vemos é a nós mesmos. Pelo contrário, se queremos beneficiar o mundo e o seu Criador, então tudo o que veremos será o mundo e o seu Criador.

 

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Recados do Maguid (7)

 

Nós, brasileiros, devíamos fazer uma experiência que servisse de exemplo para toda a Terra. E que, a partir da nossa experiência, os sábios do futuro avaliassem e escrevessem Tratados de Medicina, de Ética, de Política, de Sociologia, de Direito e de  Economia sobre as nossa ações.

 

Durante a nossa experiência, faríamos o seguinte:

 

1.    Colocaríamos a economia acima da saúde, abrindo escolas, comércios e igrejas durante uma pandemia descontrolada;

2.    Somente compraríamos vacinas depois que o colapso sanitário já estivesse instalado;

3.    Negaríamos todas as evidências científicas e promoveríamos o uso de medicamentos para vermes, parasitas, lombrigas, sarnas e piolhos, mas também para malária, amebíase hepática, artrite reumatóide, lúpus e doenças provocadas por sensibilidade à luz, para combater um vírus desconhecido, desconhecido do sistema imunológico dos seres humanos;

4.    Transformaríamos o país num “covideiro”, propiciando assim o advento de novas cepas, variantes e mutações duplas e triplas do vírus inicial, colocando em risco toda a humanidade;

5.    Tentaríamos um golpe de estado no meio de uma crise sanitária de proporções apocalípticas, já que estariam todos olhando para os caixões empilhados nas funerárias, nos corredores dos hospitais, nos cemitérios.

 

Como prêmio pela nossa audácia e criatividade, receberíamos um verbete de várias páginas no “Dicionário Teratológico da História da Humanidade”, sob a entrada “Brasil do Messias”.

  

Shamati (127)

    127. A diferença entre o núcleo central, a essência e a abundância agregada ( Su cot Inter 4, Tav - Shin - Guimel , 30 de setembro d...