quarta-feira, 31 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (23)

Promessas, promessas

 

Talvez tu tenhas lido sobre os encantamentos e os amuletos utilizados para afugentar os maus espíritos. Mas não aqui. Talvez tu queiras aprender a meditar sobre um número ou uma letra para ganhar um prêmio gordo em tua próxima loteria. Lamento. Talvez tu tenhas escutado, muitas vezes, sobre as promessas de que a Sabedoria da Kabbalah pode te transformar para sempre. Sim, ela fará isso contigo, mas isso não tem relação alguma com sorte ou superstição de qualquer tipo.

 

Kab-trívia: Talvez isso não funcione em Las Vegas, mas é uma noção genial de qualquer modo. É assim que os cabalistas sabem que o Criador é a natureza: na Kabbalah, cada letra hebraica tem um valor numérico único que simboliza determinado estado espiritual. Não é uma coincidência que o valor numérico de “natureza” e “Deus” seja o mesmo. Se somares o valor numérico das letras hebraicas de cada uma dessas palavras, verás que o resultado em ambos os casos é 86.

 

Como? Como a Kabbalah funciona e o que é que, na realidade, recebes?

 

Imagina que tu não tens os cinco sentidos. Não podes ver. Não podes escutar. Não podes cheirar, saborear e nem tocar em nada. Como saberias que o mundo existe? Como te darias conta de que existem objetos e pessoas com as quais tu podes te comunicar? Como saberias, inclusive, que tu mesmo existes? Existiria alguma diferença entre tu, carente de todos os sentidos, e alguém que estivesse morto?

 

A Kabbalah ensina que tudo o que experimentas provem do teu contato com o meio humano e natural. Tua comunicação e interação com o mundo exterior ativa as tuas sensações, emoções, visões, ações e experiências. Assim, tudo aquilo que existe no teu interior permanece passivo e insensível, a menos que entres em contato com algo no exterior. Isto não significa que nada exista em teu interior se nada existe em teu exterior. Significa que, até que entres em contato com o meio, tudo é potencial, não um fato real.

 

Ao mesmo tempo, o fato real da experiência de uma pessoa num mesmo ambiente é, desde sempre, distinto. Duas pessoas não reagem de forma igual a uma situação determinada, mesmo quando todas as condições externas são idênticas. Por exemplo, a maioria das pessoas se sentiria muito feliz se ganhasse de repente na loteria e recebesse um milhão de dólares. Se já fosses multimilionário, talvez nem percebesses essa soma acrescentada às tuas contas e não te sentirias feliz. As circunstâncias externas são as mesmas, e a razão porque reagimos de formas distintas é porque as nossas circunstâncias internas são diferentes.

 

Aqui está o xis da questão, pela perspectiva da Kabbalah: as pessoas reagem de formas distintas não porque as circunstâncias externas sejam diferentes, mas porque as percebemos de maneira diferente. Pessoas diferentes são sensíveis a coisas diferentes. Apesar de que nossos sentidos de percepção funcionem da mesma forma (vemos, ouvimos e saboreamos), interpretamos as sensações de modo distinto. Algumas interpretações são tão diferentes que algo trágico para uma pessoa normal e saudável pode passar inadvertidamente para outra pessoa, ou até mesmo pode ser fonte de júbilo.

 

Então, na realidade, tu não percebes ou sentes determinado fenômeno externo a menos que, por dizê-lo assim, teu receptor esteja pré-sintonizado, tua antena esteja alinhada e teu computador interno esteja programado para reconhecer o fenômeno. Se não for assim, seria como se o fenômeno não existisse. Pensa em quantas vezes falaste com alguém, inclusive alguém que conheces bem, e essa pessoa menciona algo que viu ou sentiu e que tu sequer notaste? Seja por que motivo for, essa pessoa estava sintonizada ou programada para essa experiência, e tu não.

 

No caminho: A beleza da Kabbalah é que ela se refere a quem somos como seres humanos e a como viver de uma maneira que nos traga felicidade. Num certo nível, nós já sabemos disso, apenas que não o estruturamos de forma organizada. A Kabbalah é um método que nos ajuda a conseguirmos isso. Quando leres alguns desses desconcertantes conceitos pela primeira vez, em geral não conseguirás lembrar sequer do princípio da frase ao chegar ao seu final. Contudo, a medida que fores relendo o texto, pouco a pouco ele começará a fazer sentido. Quando isso acontecer, será um sinal de progresso, porque o conceito adquiriu vida no teu interior.

 

segunda-feira, 29 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (22)

 

A revelação do Criador

 

Falemos um pouco mais agora sobre receber o Criador. Quando Ashlag descreve o propósito da Kabbalah como “a revelação de Sua Divindade às Suas criaturas neste mundo”, ele quer dizer que a essência da Kabbalah (que significa recebimento) é revelar ou descobrir o Criador.

 

Compreender o estreito vínculo entre a recepção e a revelação é um elemento chave necessário para se compreender essa Sabedoria. Dada a natureza abstrata da Kabbalah (que teus cinco sentidos não são capazes de perceber), utilizamos, com freqüência, metáforas para a descrição dos conceitos. O rabino Ashlag descreve a Sabedoria da Kabbalah como uma “sequência de raízes’. Ele utiliza uma referência da natureza (raízes) para mostrar que o que acontece em nosso mundo não começa aqui, mas no mundo espiritual.

 

Na Kabbalah, a metáfora da natureza se estende ainda mais: descobrir o Criador significa descobrir a natureza. O Criador é a natureza. Dado que tu somente percebes uma pequena fração da natureza, a meta da Sabedoria da Kabbalah é revelar a realidade em sua totalidade, em toda a sua gama.

 

Descobrir a realidade em sua totalidade não apenas significa expandir a tua visão sobre a vida e expandir a tua compreensão sobre ela. Se puderes compreender todos os aspectos da natureza, poderás avançar além da tua vida física presente, poderás avançar além dos teus cinco sentidos, e sentirás como se alguém tivesse retirado uma venda dos teus olhos, o que permitirá que vejas a verdadeira imensidão e beleza do mundo.  A Sabedoria da Kabbalah está desenhada para elevar-te a outra visão do mundo, ao mesmo tempo em que abrirá um novo nível mental e emocional em tua existência.

 

domingo, 28 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (21)


O poder de doar

 

Com a finalidade de se compreender o prazer e o significado do que recebe o cabalista, é essencial entendermos as abstrações utilizadas na Kabbalah. O princípio básico desta ciência é doar. Na realidade, existe uma única força, a força da doação. E dado que a força é doar, ela cria “algo” para receber o que dá. Na Kabbalah, a força de doação se chama “Criador”, e o que Este cria se chama “criação”, uma “criatura” ou um “ser criado”.

 

A criatura atravessa um processo de aprendizagem e desenvolvimento, e, no final, descobre toda a grandeza e beleza de seu Criador. Como explicou o rabino Ashlag, essa revelação do Criador à criatura é a essência e o propósito da Kabbalah. De fato, esse é o propósito da criação toda.

 

Para dizermos com simplicidade, a Kabbalah nos ensina como receber o Criador, isto é, literalmente ela possibilita que a criatura e o Criador se fusionem. O resultado disso é uma experiência de tremenda beleza e gozo em cada momento de cada dia.

 

No caminho: Em seu discurso para a conclusão da tradução do Zohar para o hebraico, o rabino Ashlag definiu o ser criado como “uma vontade de receber prazer”. Ele explica que nós somente queremos receber prazer por que Ele somente quer nos dar prazer. Por isso, todo o nosso propósito na vida é aprender a desfrutar dos prazeres que o Criador deseja nos outorgar.   

 

 

segunda-feira, 22 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (20)

 

A realidade da recepção

 

Em hebraico, a palavra Kabbalah significa “recepção”.  Sem dúvida, Kabbalah não é apenas recebimento. É uma disciplina de estudo, um método que te ensina como receber. 


A Kabbalah:


·       Te prepara para que sejas capaz de receber;


·       Te diz o que é que receberás;


·       Te explica de onde vem o que receberás;


·       Te permite saber o que necessitas ter e o que ainda necessitas receber.


 

É uma recepção a que todos os seres humanos estão convidados. Não precisas de um convite especial senão a disposição de explorar as grandes perguntas da existência: Como nos relacionamos com Deus? Como Deus criou o Universo e o que acontecerá quando o tempo terminar? Não é uma conversação comum, isso é certo, mas o tipo de conversação que pode ajudar-te como cidadão do Planeta Terra no século XXI, a compreender e receber a Sabedoria de todas as eras e tê-las a tua disposição para tomar as tuas decisões diárias.

 

O que é que a Kabbalah te proporciona para que tu o recebas? Te ajuda a saber onde estás em relação a onde acreditas que estás. Te mostra os limites dos cinco sentidos de percepção e abre o mundo espiritual da realidade ajudando-te a desenvolver o sexto sentido, um conceito cabalístico importante apresentado de modo breve e depois ampliado no Capítulo 3.

 

Este sexto sentido não só enriquece a tua vida presente com uma nova dimensão, como também abre uma porta para um “novo mundo”. Nesse mundo não há morte, não há sofrimento, não há dor. E o melhor de tudo é que não precisas renunciar a nada por ele: não precisas morrer para chegar lá. Tampouco precisas jejuar, evitar prazeres nem te restringires de forma alguma. Em suma, é com esse sexto sentido que logras “a revelação do Criador às Suas criaturas neste mundo”.

 

A Kabbalah é muito diferente dos ensinamentos que promovem o ascetismo e a austeridade como meios para alcançar a espiritualidade. A kabbalah ensina que somente aquele que desenvolveu ao máximo o desejo por prazeres pode receber o que o Criador tem para lhe dar. A Kabbalah não te separa da vida. Ela agrega um novo significado e uma nova força a tudo o que acontece. Se tu queres ser um cabalista, tens que viver a vida plenamente.

 

Definição: Em seu ensaio “A essência da Sabedoria da Kabbalah”, o rabino Yehuda Ashlag a define da seguinte maneira: “Esta Sabedoria não é nada mais nada menos que uma sequência de raízes, que pendem por meio de causa e efeito de regras fixas e determinadas, entrelaçadas numa só meta exaltada e descrita como “a revelação da Sua Divindade a Suas criaturas neste mundo”.


domingo, 21 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (19)

 

Segunda Parte


O que é a Kabbalah e o que ela tem a ver contigo?

 

*Perceber a realidade tal como ela é *A natureza dos cinco sentidos e  o sexto sentido * A vontade de receber gozo e prazer * A essência da Kabbalah e seu propósito * Muda a ti mesmo e mudarás a realidade

 

Talvez tu tenhas ouvido falar da Kabbalah nos meios sociais e talvez tenhas certa noção das suas promessas espirituais, especialmente diante da sua popularidade atual. Mas, na realidade, do que se trata? Este capítulo apresenta brevemente os conceitos básicos da Kabbalah, que serão ampliados nos capítulos seguintes. Os temas que apresentamos e discutimos aqui estabelecem a linguagem cabalística que utilizaremos no restante do livro.

 

Este capítulo também explica como a Kabbalah trabalha para ti, como trabalhar com ela da melhor maneira possível e quais os obstáculos poderás encontrar ao longo do caminho. Ao mesmo tempo aprenderás como e por que teu estudo da Kabbalah são benéficos para ti e para a sociedade como um todo.


sexta-feira, 19 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (18)

 

 

O mínimo que necessitas saber

 

·       A Kabbalah é um método que responde às mais profundas indagações a respeito da vida;

·       A Kabbalah esteve oculta, aguardando que surgissem as perguntas a que responde;

·       A popularidade atual da Kabbalah começou com as famosas estrelas da música e do cinema de Hollywood;

·       Podes encontrar mestres e lições de Kabbalah na internet.

·       A Kabbalah foi associada de forma inapropriada com muitas vertentes de ensinamentos espirituais;

·       A Kabbalah não é uma moda passageira, mas um método prático que foi comprovado pelo tempo, um método de compreensão da natureza humana e da natureza do Criador, e uma forma de unir a criatura ao Seu Criador.

quinta-feira, 18 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (17)

 

Uma moda passageira ou algo que chegou para ficar?

 

A  Kabbalah existe há muito tempo, muito tempo, e somente agora ela começa a ocupar seu lugar na consciência do público em geral. Aqueles que a aceitam como a última moda, certamente a trocarão por outra, mas aqueles que se aprofundarem nos seus princípios, os quais se desenvolveram ao longo dos séculos, encontrarão nela suficiente valor para toda a vida.

 

A Kabbalah não propõe a anulação do ego, mas a sua elevação a um novo nível. À medida que nosso ego evolui, nos tornamos mais egoístas, e à medida que nos tornamos mais egoístas, necessitamos de novos prazeres para nos satisfazer. Os prazeres que a sociedade atual nos proporciona não somente são os mais novos e mais diversos, senão que também são os mais intensos do que nunca.  Os computadores são mais velozes, os automóveis são mais luxuosos, os artefatos são mais sofisticados, os parceiros sexuais são mais fáceis de conseguir e mais fáceis de descartar, os salários são mais altos, e as comidas são mais diversificadas e mais fáceis e rápidas de se preparar. Apesar disso, quanto mais possuímos, mais descobrimos que todas essas experiências não nos ajudam a nos sentirmos mais satisfeitos. O verdadeiro benefício desse ego expandido radica no fato de que, com o tempo, ele nos leva a buscar respostas às difíceis perguntas a respeito do significado da vida.

 

Para o cabalista existem respostas às perguntas sobre o significado da vida. A Kabbalah proporciona um tipo de metassistema que nos ajuda a lidar com os nossos anelos de crescimento de maneira positiva, inclusive antes de sabermos que os temos. Os princípios da Kabbalah nos ajudam a compreender todo o restante.


A razão pela qual a Kabbalah se expandiu com tanta rapidez em nossa época é que mais e mais gente se pergunta sobre o propósito da vida e descobre a importância do que a Kabbalah tem a dizer sobre isso. Em suma, esta é a razão pela qual estás lendo este livro. Portanto, continua para aprender mais sobre o extraordinário conjunto de revelações que a Kabbalah proporciona aos seres humanos.

 

Definição: A raiz meta vem do grego e significa “junto a” ou “depois de”. Refere-se a sistemas ou a discussões sobre os sistemas em si. O termo serve para estabelecer as diferenças entre referentes do conteúdo de um sistema e a estrutura do sistema mesmo. Neste aspecto, no referimos à Kabbalah como um “sistema de sistemas”.

 

sexta-feira, 12 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (16)

 

 Magia e Kabbalah

 

Desde a Antiguidade, as pessoas pensavam que os cabalistas tinham o poder de realizar atos sobrenaturais. Acreditavam que eles podiam mudar as leis da Criação conforme a sua vontade.  Por causa disso, ainda hoje, alguns seguem associando a Kabbalah à habilidade de encantar, amaldiçoar e abençoar.

 

Uma interpretação mágica da Kabbalah entende a lei judaica como um poderoso sistema de princípios que atraem poderes sobrenaturais a uma pessoa. De acordo com essa interpretação, se a magia natural está conectada com as ciências naturais, como a agricultura e a astronomia, a super magia depende do conhecimento da mais alta ciência: a Kabbalah.


quinta-feira, 11 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (15)

 

Numerologia e Kabbalah

 

O termo numerologia não existe na Kabbalah autêntica, mas os estudiosos contemporâneos vincularam ambas as expressões. Apesar de que numerologia não seja um termo preciso para descrever o tratamento cabalístico dos números, é provável que não exista um vocábulo melhor para traduzir ao português a palavra hebraica Guemátria. Essa palavra simples, Guemátria, descreve a experiência de um cabalista com o divino. Na Kabbala, o ego faz Yichudim (Unificações) com o Criador. As formas das letras hebraicas representam essas Unificações através de pontos e linhas sobre um fundo branco. Os pontos e as linhas simbolizam os estados do cabalista, que percebe o Criador. O fundo branco simboliza a Luz divina, isto é, o Criador.

 

Em hebraico, a cada letra do alfabeto de 22 caracteres se atribui um número específico. Às primeiras nove letras se atribui os números de 1 a 9, respectivamente, e às seguintes nove letras correspondem os número de 10 a 90, cada letra com um salto de 10 números em seu valor. E as últimas quatro letras do alfabeto lhe são atribuídos os números 100, 200, 300 e 400, respectivamente.

 

A correlação entre letras e números criou uma maneira de os cabalistas descreverem entre si o que experimentavam de um modo conciso e preciso. Por exemplo, a palavra Nega (aflição) e a palavra Oneg (prazer) têm exatamente o mesmo número de letras (em diferente ordem) e, portanto, o mesmo valor numérico.

 

Esta inversão na ordem das letras indica que quando a aflição é corrigida (do egoísmo ao ato de doar), uma pessoa experimenta prazer. Mais ainda, essa representação “resumida” das experiências espirituais não é senão um dos aspectos como o cabalista descreve o divino.

 

Tenha bem presente que este é o modo como a Kabbalah nos ajuda a compreender a nossa natureza de forma mais profunda e como ela estimula o nosso pensamento acerca dos mistérios da vida e do espírito.


terça-feira, 9 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (14)

 

Meditação e Kabbalah

 

A meditação é considerada, por muitos, como parte do trabalho espiritual e como uma das práticas de um cabalista. No entanto, nem todos os cabalistas foram praticantes da meditação, e, inclusive, aqueles que meditaram não realizaram essas práticas com o sentido que atualmente fazemos.

 

A meditação da atualidade associa-se com os ensinamentos orientais, algo que os cabalistas do passado não conheciam. Em geral, a meditação oriental é utilizada para relaxamento e para a união com os níveis mais elevados da existência ao se anular o ego. Na Kabbalah, o ego não é anulado, mas elevado a um nível mais alto de prática. O ego se conecta com o divino em vez de se anular. Esse abraço entre o ego e o Criador se conhece como Yichud (Unificação).

domingo, 7 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (13)

 

Astrologia e Kabbalah

 

Outra associação comum é entre Astrologia e Kabbalah. É provável que os horóscopos inspirados na Kabbalah tenham existido, inclusive, antes do antigo Egito. Desde a Idade Média, a terminologia cabalística associou-se de maneira direta à Astrologia. Os astrólogos agregaram os nomes das Sefirot aos nomes dos planetas e começaram a transferir a esses os poderes que apresenta a Kabbalah.

 

Com o fim de nos ajudar a conhecer as circunstâncias que se desenvolvem em nossas vidas, os astrólogos inspirados na Sabedoria atribuem a cada um dos planetas do Sistema Solar uma função e um impacto particulares nos corpos físicos e psicológicos, de acordo com o Sefer Yetzirá (O Livro da Formação, um dos livros fundamentais da Kabbalah). Eles encontram relações entre a astrologia e a Kabbalah ao traçar o diagrama das 10 Sefirot da Árvore da Vida contra os planetas, e, dessa forma, conectam as duas doutrinas.


sexta-feira, 5 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (12)

 

 

Cartas e Kabbalah

 

Sem pretendermos ser especialistas nesse campo, sabemos que existem muitos tipos de cartas utilizadas para variados propósitos, como adivinhação do futuro e manejo dos desafios do dia a dia. Considerando que durante muito tempo se pensou que a Kabbalah tivesse poderes místicos e mágicos, e porque as pessoas sempre procuraram melhorar seus métodos para compreender o desconhecido, a associação entre cartas e Kabbalah foi algo natural.

 

Muitos seguidores do oculto creem que o sistema do Tarot tenha suas origens na Kabbalah, embora não existam evidências históricas que comprovem isso. No século XIX, o ocultista francês Eliphas Levi promoveu o vínculo entre o Tarot e a Kabbalah, enlace que se converteu no modelo principal para o desenvolvimento e a interpretação do Tarot.

 

De fato, as cartas mais influentes do século XX se basearam nos princípios cabalísticos. Um dos símbolos mais conhecidos da Kabbalah é a Árvore da Vida, um diagrama de 10 atributos, nove dos quais pertencem ao Criador e um à criatura (nós). A estrutura, o simbolismo e a interpretação das cartas do Tarot seguem a estrutura da Árvore da Vida.

 

A Árvore consiste em 10 esferas ou Sefirot conectadas por 22 linhas (chamadas Caminhos). O número de Sefirot (10) e o número de Caminhos (22) correspondem, respectivamente, ao Arcano Menor e ao Arcano Maior, os quais conformam a estrutura do Tarot. Aprenderás mais sobre a Árvore da Vida no capítulo 9.     

quinta-feira, 4 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (11)

 

 

Associação de Ensinamentos

 

No espírito do “vale-tudo” do mundo atual, tudo está misturado com tudo: ciência e religião, rock´n-roll com Beethoven. Existe até mesmo sorvete de sushi (aposto que não sabias). De acordo com essa tendência, a Kabbalah tem sido associada com um número de doutrinas e ensinamentos que supera o número de ingredientes para pizzas que existem.

 

Mas há uma razão mais séria para o ressurgimento repentino dessa disciplina ancestral. A Kabbalah sempre teve a reputação de possuir uma compreensão das mais altas forças da natureza, dos mundos espirituais e da natureza de Deus. Como resultado disso, as pessoas sempre desejaram conectar termos cabalísticos com todo tipo de ensinamentos, como a yoga, os chakras, os amuletos de boa sorte, as meditações de todo tipo, as cartas de Tarot, as águas e as bebidas energéticas, os cristais, a astrologia, a numerologia, as previsões do futuro, a magia e os anjos guardiões.

 

O problema com essas supostas conexões é que se diminui a importância da Kabbalah e se debilita o seu poder para ajudar-nos a compreender melhor a nossa natureza humana e espiritual. E isto é, acima de tudo, o ponto central do atual interesse pelos ensinamentos da Kabbalah e a razão pela qual ela foi desenvolvida, em primeiro lugar.

 

Algumas dessas associações agregam sabor às nossas vidas; outras são bastante estranhas; e outras mais raiam o absurdo. Apresentamos aqui algumas dessas associações da Kabbalah com outros ensinamentos.


terça-feira, 2 de março de 2021

Kabbalah Sem Segredos (10)

 

A Kabbalah chega a Hollywood, e mais além

 

Assim como a Kabbalah esteve esperando que chegasse o momento nos qual as pessoas estivessem prontas para descobri-la, as pessoas, alguns influentes, a buscaram para descobrir o que ela tem a lhes oferecer. Eis aqui um breve panorama de quem e como se converteu uma disciplina espiritual secreta de antigamente no segredo espiritual das estrelas de hoje.

 

Tudo começou com a cantora Madona, que avivou o interesse pela Kabbalah nos Estados Unidos. Madona, uma moça católica que se transformou numa das maiores pop-star do mundo a partir dos anos 80, envolveu-se muito com a Kabbalah. O que no princípio parecia algo insignificante e uma moda passageira se transformou num elemento constante e Importante na vida da artista. Apesar de todas as mudanças em sua vida profissional e pessoal, sua dedicação constante aos estudos da Kabbalah fez com que muitas pessoas se perguntassem do que se tratava esse assunto e o que isso poderia oferecer a alguém que aparentava ter tudo. Sua vinculação com a Kabbalah fez com que outros astros (Demi Moore e seu esposo, Ashton Kutcher e Britney Spears, por algum tempo) também explorassem o que a Kabbalah podia lhes oferecer. A tendência se expandiu muito rapidamente nos círculos das celebridades. Muitas outras estrelas se congregaram em centros cabalísticos de Nova Iorque e de Los Angeles, enquanto mundo observava com surpresa.

 

Kab-Trívia: Madonna, Britney-Spears, Demi Moore, Liz Taylor, Mick Jagger, Jerry Hall, Courtney Love, Sandra Vernhard e Barbra Streisand são comente alguns dos artistas que se envolveram com a Kabbalah.

 

Pode haver controvérsias sobre uma ou outra das vertentes dos ensinamentos cabalísticos, mas, sem dúvida, a polêmica e o drama que as rodeiam fez com que todo o mundo conhecesse a palavra Kabbalah, que é muito diferente daquela vertente do único estudante de Kabbalah do século XVI, o rabino Isaac Lúria! De fato, se buscares na Internet lições de Kabbalah encontrarás centenas de milhares de resultados. Em sua maior parte, são lições disponíveis em formato de texto, áudio e vídeo. Entretanto, essas lições on line não são a única forma de se aprender Kabbalah na atualidade. São abundantes também as classes presenciais e os cursos em centros comunitários e em universidades, dirigidos por pessoas de qualquer religião, sexo e origem. No Hebrew Union College, uma cidadela do judaísmo reformista, Norman Cohen disse à revista Newsweek que “o que a Kabbalah pode nos ensinar (como estabelecer uma relação com Deus) tem que ser tratado com seriedade” (29 de agosto – 5 de setembro de 2005).

Shamati (127)

    127. A diferença entre o núcleo central, a essência e a abundância agregada ( Su cot Inter 4, Tav - Shin - Guimel , 30 de setembro d...