Sobre a publicação de textos de Baal
HaSulam no
Gan Naul
(Charles Kiefer)
Desde que retornei da morte (EQM – Experiência de Quase Morte) há alguns anos, passei a pesquisar a mais antiga ciência da terra, antes chamada de Chochmá Nistará (Sabedoria Secreta), que começou na antiga Mesopotâmia, e que na Baixa Idade Média veio a ser chamada de Kabbalah, que se poderia traduzir por A arte de receber. Procurei por mestres vivos por todo o planeta e encontrei em Michael Laitman o mais próximo da minha própria alma. No início, fiz os cursos do Bnei Baruch, instituição que ele dirije em Israel. Depois, criei meu próprio grupo, chamado Kadosh, que se reúne há oito anos. E, no desenvolver de meu próprio processo, junto com Marta, minha esposa, criamos a Editora Kli, com o objetivo de publicar livros de Kabbalah. Em nenhum momento pensamos na editora como um negócio, mas como uma ponte entre os textos e os possíveis leitores. Até aqui, publicamos um único livro chamado A Experiência Cabalística, de Michael Laitman, que se encontra gratuitamente em http://www.editorakli.com.br/ . Iremos publicar outros livros para “que toda a Terra se encha com a Sua Glória”. O próximo vai se chamar O III Templo (5781), uma obra magnífica que esteve oculta por mais de 200 anos. O título original é Mishkney Elion (As moradas do Eterno), de Moisés Cordovero, um grande cabalista italiano.
Nesse momento, com o auxílio de Fabrício Basso, meu amigo e aluno, estamos traduzindo os Escritos de Baal HaSulam, nome cabalístico de Yehuda Leib Ha Levi Ashlag, o maior cabalista do século XX, o santo que abriu a Kabbalah às massas, como o queria o Isaac Lúria, já em 1572: Kabbalah para judeus e não-judeus, Kabbalah para mulheres, Kabbalah para crianças. O período da Gmar Tikun já começou e essa avalanche não será contida por rabinos, padres, pastores, e todas as outras lideranças religiosas que impediram e ainda impedem a humanidade de ter acesso aos Sabores e aos Segredos de Torah.
Meu blog pessoal, Gan Naul, passa a publicar a partir de agora os textos de Baal HaSulam.
Sobre o Livro
(Michael Laitman)
Pela primeira vez estamos vendo a publicação dos escritos
essenciais do maior cabalista do século XX, Rav Yehuda Leib Ha Levi Ashlag
(1885 – 1954), também conhecido como Baal HaSulam [autor do Sulam (Comentário Escada sobre O Zohar)].
Os Escritos de Baal HaSulam contêm todos os textos necessários
para qualquer pessoa interessada em aprender a sabedoria da cabalá, desde a
primeira composição de Baal HaSulam, Introdução
ao Livro Panim Meirot u Masbirot, publicado em 1927, passando por Os Escritos da Última Geração, que foi
escrito nos anos 1950 e descreve a estrutura da futura sociedade.
O Livro contém:
* Todas as introduções e prefácios escritor por Baal HaSulam
como preparação para aprender suas três composições chaves: Panim Meirot u Masbirot (um comentário
sobre A Árvore da Vida do Ari), o
comentário Sulam [Escada] sobre O Livro do Zohar, e O Estudo das Dez Sefirot.
* Todos os ensaios que Baal HaSulam escreveu para espalhar a
sabedoria da cabalá para o público em geral.
* Todas as cartas que Baal HaSulam enviou aos seus discípulos
e que contêm orientações para aqueles que estão marchando (avançando) no
caminho espiritual.
* Todos os artigos contidos no livro Shamati (Eu Ouvi), que
detalham o trabalho interno de uma pessoa, como foi escrito pelo primogênito e
sucessor de Baal HaSulam, Rav Baruch Shalom Ha Levi Ashlag (mais conhecido como
RABASH), que colocou no papel o que ouviu de seu pai.
* Histaklut Pnimit
[Reflexão Interior] – comentários e elaborações sobre os tópicos apresentados
na Parte 1 do livro O Estudo das Dez
Sefirot.
* O livro Beit Shaar Ha
Kavanot [Portal das Intenções]: comentários
sobre os Escritos do Ari.
* Os Escritos da Última
Geração, uma coleção de notas dos anos 1950 nas quais Baal HaSulam analisa
regimes políticos e apresenta um modelo para a construção da sociedade futura.
Além do material de aprendizado, nós incluímos na parte final
poemas que Baal HaSulam escreveu.
Explicações e traduções para o Inglês estão marcadas entre
chaves [exemplo].
Nós estamos certos de que mergulhar nos escritos autênticos
de Baal HaSulam irá ajudar aqueles que o fazem em seu avanço espiritual e busca
pelo significado da vida, e irá ajudar toda a humanidade a avançar para um
mundo novo e melhor.
“Apenas através da expansão da sabedoria da cabalá para as
massas nós obteremos a redenção completa. Por esta razão, devemos estabelecer
seminários e compor livros para acelerar a disseminação da sabedoria pela
nação.” (Baal HaSulam, Introdução ao
Livro, Panim Meirot u Masbirot).
Hora de Agir
(Baal HaSulam)
Por um longo tempo, minha consciência me sobrecarregou com
uma demanda de sair e criar uma composição fundamental a respeito da essência
do judaísmo, a religião, e o conhecimento da sabedoria autêntica da Cabalá, e
espalhá-la pela nação, para que as pessoas viessem a conhecer e a entender
adequadamente estas questões exaltadas em seus verdadeiros significados.
Antigamente em Israel, antes do desenvolvimento da indústria
de impressão, não havia livros falaciosos entre nós ligados à essência do judaísmo,
já que havia poucos escritores entre nós que poderiam permanecer atrás de suas
palavras, pela simples razão que na maioria dos casos, uma pessoa não confiável
não tem reputação.
Portanto, se, por acaso, alguém se atrevesse a escrever tal
composição, não valeria a pena para qualquer escriba copiá-la, pois não seria
pago pelo trabalho, o qual, quase sempre, era uma soma considerável. Assim, tal
composição estaria condenada ao esquecimento desde o início.
Naqueles dias, pessoas bem-informadas também não tinham
interesse em escrever tais livros, já que o público em geral não precisava
daquele conhecimento. Muito pelo contrário, elas tinham interesse em ocultar o
assunto em câmaras secretas porque “É a glória de Deus ocultar algo”. Foi-nos
ordenado ocultar a essência da Torá e o trabalho daqueles que não precisavam
dela, ou que eram indignos dela, e não degradá-la e exibi-la em janelas de
lojas para os olhos cobiçosos da ostentação, porque assim a glória de Deus nos
exige.
Mas desde que a impressão de livros se tornou popular, e os
escritores não mais necessitaram de escribas, o preço dos livros se reduziu muito.
Isto pavimentou o caminho para escritores não confiáveis publicarem quaisquer
livros que desejassem, por dinheiro ou por glória, mas eles não levam suas
próprias atitudes em consideração e nem examinam as consequências de seu
trabalho.
Daquela época em diante, publicações do tipo antes mencionado
aumentaram significativamente, sem nenhum aprendizado ou recepção boca-a-boca
de um rav [professor/grande homem/sábio] qualificado ou mesmo conhecimento de
livros antigos que lidassem com esse tópico. Tais escritores fabricam teorias a
partir de suas próprias conchas vazias, e relacionam suas palavras aos assuntos
mais exaltados, para dessa forma retratar a essência da nação e seu tesouro
fabuloso. Como bobos, eles não sabem ser escrupulosos, ou ter uma forma através
da qual aprendê-lo. Eles instilam visões deturpadas em gerações, e como prêmio
por seus desejos mesquinhos, eles pecam e fazem as nações pecarem por gerações
vindouras.
Recentemente, o seu fedor subiu ainda mais alto porque eles enfiaram
as unhas na sabedoria da Cabalá, sem se importarem com o fato de que esta
sabedoria esteve fechada e trancada atrás de mil portas até hoje, ao ponto de
que nenhuma pessoa possa entender o verdadeiro significado sequer de uma palavra
dela, muito menos a conexão entre uma palavra e a próxima.
Isto ocorre porque em todos os livros genuínos que foram
escritos até o dia de hoje, não há senão pistas que mal bastam para um
discípulo bem orientado entender o significado delas da boca de um sábio
cabalista qualificado e prudente. E lá, também, “o porco-espinho faz seu ninho
e põe seus ovos, e incuba, e choca na sua sombra”. Nestes dias, tais
conspiradores se multiplicam e produzem tais deleites que enojam aqueles que os
vêem. Alguns deles vão tão longe a ponto de assumir os postos de líderes da
geração, fingindo saber como escolher entre os livros dos primeiros [sábios] e
dizer qual deles é digno de ser estudado e qual não é, já que está cheio de
falácias, e eles despertam desprezo e ira. Até hoje, o trabalho de tal
escrutínio tem sido limitado a um de cada dez líderes de uma geração; e agora o
ignorante abusa disso.
Por isso, a percepção do público sobre estas questões tem
sido imensamente corrompida. Além disso, há uma atmosfera de frivolidade, e as
pessoas pensam que uma olhada ao seu bel prazer é suficiente para o estudo de tais
assuntos exaltados. Eles roçam o oceano de sabedoria e a essência do judaísmo
em uma única olhada como aquele anjo, e tiram conclusões baseados em seus
próprios estados mentais.
Estas são as razões que me levaram a sair de meu caminho e
decidir que chegou a hora de “fazer pelo Criador” e salvar o que ainda pode ser
salvo. Assim, eu tomei sobre mim mesmo revelar um certa porção da verdadeira
essência, que está relacionada ao assunto citado acima, e espalhá-la pela nação.