sexta-feira, 15 de março de 2019

Hamashbir (4)


Sobre traduções

Como todos sabem, o Pai Nosso é uma oração que teria sido feita por Jesus, um judeu que andou pela Galiléia há uns dois mil anos. A tradução dessa oração contém muitos erros, e que eu imagino que tenham sido propositais. Gregg Braden, em seu livro O Efeito Isaías, faz observações muito interessantes sobre essa questão: “Um exemplo de como a aproximação (em casos de tradução) pode alterar sutilmente uma tradução bem-intencionada são as palavras aramaicas para a primeira linha do Pai Nosso. Em inglês, lê-se: “Our Father which art in heaven” (em Português: “Pai Nosso que estás no céu”). No “original aramaico”, prossegue Braden, “a mesma frase é constituída de duas palavras: Abwoon d´bwashmaya. Não existem palavras exatas em inglês (e nem em português) para essas duas palavras do aramaico. Aos tradutores, restou criar engenhosas associações de palavras inglesas que se aproximassem do significado original. Uma amostra dessas aproximações é ilustrada pelas seguintes traduções possíveis do Pai Nosso: “Ó, Aquele que cria! Pai e Mãe do Cosmo”; “Ó, Tu! Respiração vital de tudo”; “Nome dos Nomes, nossa pequena identidade se desenrola dentro de ti”; “Ó, Radiante: Tu brilhas dentro de nós”. Todas essas traduções das palavras originais são válidas e cada uma expressa um sentimento diferente para a intenção do texto original.”



Como afirmo em sala de aula, o aramaico é uma das línguas mais poéticas que existem. Imagino que, no futuro, muitos irão estudar e recuperar essa língua morta. Menos armas e mais poesia, para a Era do Mashiach.

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