quarta-feira, 28 de março de 2018

Contos de Chanun Katan (2)





"Hoje”, disse Chanun Katan, “quando me dirigia para cá, dei vinte dinheiros ao mendigo bêbado da esquina".

"E isso é uma tzedacá?", perguntou André, que havia sido um general cartaginês, mas não sabia.

"Sim", respondeu o Maguid.

"Mas, como?", indignou-se o ex-militar. "Então é caridade e justiça dar a um bêbado a chance de beber mais cachaça?"

O mestre de Sabedoria Oculta, que tinha particular predileção por aquele estudante que transbordava guevurá, retrucou:

"Tu podes, meu caro, ter prazer no teu uísque-doze-anos, mas o outro, que foi feito à Imagem e Semelhança do Criador, não pode?"

André não sabia, mas o mendigo bêbado tinha sido, alguns milênios antes, o rei persa que permitiu a reconstrução do Segundo Templo.

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