domingo, 18 de março de 2018

Karati (1)


Joseph Saltoun e Árvore da Vida 


Shamati significa “Eu ouvi”.



Rabash, filho de Baal Ha Sulam, “ouviu” inúmeras aulas de Kabbalah proferidas por seu pai, o maior cabalista do século XX.



Aqui, neste blog, vou postar as traduções dessas aulas que estamos fazendo, Clarissa Porto Alegre Schmidt e eu. A primeira já está postada em Shamati (1).



Karati significa “Eu li”.



Quando eu nasci, um anjo esplêndido me disse: “Vai, Charles, ser um homem-biblioteca”. E desde então procuro cumprir esse mandato. O que mais faço na vida é ler, e faço isso desde criança. Minhas leituras no campo da literatura e da teoria literária transformaram-se em mais de 40 livros, que estão publicados por aí, em várias editoras brasileiras, e também em editoras de Portugal, França e Israel.



Nos últimos 7 anos, minhas leituras concentraram-se na Chochmá Nistará, a Sabedoria Secreta, nome que lhe davam os antigos, e que nós chamamos, hoje, de Kabbalah.



Aqui, em Karati, vou escrever sobre os cabalistas e os livros que escreveram. E para inaugurar essa sessão, escolhi Joseph Saltoun, e seu primeiro livro publicado, Árvore da vida – A arte de viver segundo a cabala. São Paulo: Instituto Meron, 2016.



Saltoun vive em Vancouver com a esposa e as filhas, mas ensina em Israel, França, Inglaterra, Estados Unidos, no próprio Canadá e no Brasil.



Somos amigos. E mais que isso, somos “irmãos de alma”. Aos que conhecem os “Mistérios das Neshamot” isso é suficiente. Os velhos cabalistas preconizavam: “Revela um terço; e esconde dois terços”.



No futuro, Saltou receberá a alcunha de Yad Ha Shem. Em geral, os cabalistas são conhecidos por acrônimos, e alguns por sintagmas respeitosos, como no caso de Isaac Lúria que é conhecido como Ari HaKadosh, o Sagrado Ari. Yad Ha Shem significa “A mão do Nome”.



O primeiro livro publicado por Joseph Saltoun, Árvore da Vida, não foi pensado como opus. É uma coletânea de palestras que realizou ao longo de trinta anos de atividade de ensino. Nesse sentido, é extraordinário, pois é o resultado decantado de inúmeras páginas e diligências espirituais.



Seu livro compõem-se de 5 partes: Introdução, Ciência e cabala, A última geração, A vida na Árvore da Vida e Meditações.



Em Ciência e cabala, Saltoun explica porque a kabbalah (prefiro a transliteração inglesa) é definida como Sabedoria da Verdade ou Chochmá HaEmet, como a preferia chamar nosso mestre de sagrada memória, o Ari.



Em Consciência e imortalidade, o autor trata da entrada da consciência (que veio do futuro) em Adam Ha Rishon (o primeiro cabalista) no corpo físico (que veio do passado) há quase seis mil anos.



Em Gênesis o autor vai explicar porque seres espirituais (ou como eu afirmo em aula, Seres de Ohr com aleph transformados em Seres de Ohr com ayn) entraram em corpos físicos.



Em Ciência e cabala, Saltoun demonstra porque não há contradição entre o que dizem, na atualidade, os cientistas, e o que disseram os cabalistas há milhares de anos antes do aparecimento das metodologias científicas (aliás, em outra sessão pretendo elaborar em profundidade essa questão e demonstrar que se existe alguma contradição entre ciência e kabbalah, ela está no positivismo pseudo-científico e na mentalidade tacanha de alguns cientistas, e não nos dois objetos).



Para não cansar meus leitores e leitoras com essa resenha, vou citar apenas os conteúdos das outras partes do livro, esperando que todos conheçam a obra diretamente.



Em A última geração o autor trata do Conhecimento Cósmico, explica o que significa A última geração, A escravidão no Egito, Compaixão e Julgamento, A morte e a imortalidade, Os anjos caídos, O poder do Nome e o Poder dos Salmos.



Em A vida na Árvore da vida elabora sobre As fases da vida, o Tetragrama, Ambição e Prosperidade, o Corpo Humano e o Maguen David, O compartilhar, o Tikun, A cortina, Resistência (o processo de revelar a Luz), Luz Circundante e Luz Interna, Os Santos, A Energia do Sol e o Livre Arbítrio.



A última parte, Meditações, é composta de alguns exercícios cabalísticos.



Recomendo a todos a leitura, a releitura e a decaleitura dessa obra. Como sabem os cabalistas, os Kelim (Vasos de Recepção) se expandem lentamente, e assim que vão sendo expandidos maiores níveis de profundidade e de complexidade vão surgindo nos Mochim.



Ler livros de Kabbalah ajuda a expandir os Kelim.

3 comentários:

Unknown disse...

Mais uma ótima opção de leitura. Gratidão por compartilhar.

Unknown disse...

Foi o primeiro livro de Kabbalah que lemos na íntegra. Muitas informações preciosas... camadas e camadas de segredos...

Danieli Pimentel disse...

Muito bom

Shamati (127)

    127. A diferença entre o núcleo central, a essência e a abundância agregada ( Su cot Inter 4, Tav - Shin - Guimel , 30 de setembro d...