terça-feira, 29 de maio de 2018

Tiul (16)



Hoje, enquanto eu fazia um almoço italiano, recebi a notícia de que a Marta deu alta do hospital.



Depois de três dias em condições difíceis, sem lugar para banho, sem poder se comunicar com as pessoas, num final de semana de serviço público italiano, na segunda-feira a Marta foi transferida para o quarto 13 e 14 da maternidade do hospital universitário. O duplo número é por conta dos dois leitos do quarto.



Nesse ponto, devo fazer um ajuste nas minhas críticas. Se o ambulatório foi um horror, o quarto foi um Jardim do Éden. Limpo, espaçoso, com banheiro adequado a um hospital, com atendimento excelente. Monitorada e medicada, o quadro crítico da Marta rapidamente evoluiu para melhores condições, a pressão alta cedeu, o inchaço diminuiu e os índices dos exames se normalizaram.



Assim, quero agora agradecer aos médicos, médicas, enfermeiros e enfermeiras; quero agradecer ao estado italiano (que está há meses sem governo, mas que consegue se autogerir); quero agradecer à medicina, que é uma das muitas mãos de Hashem no mundo; quero agradecer aos membros do Grupo Kadosh que fizeram exercícios e vigílias e que criaram um campo de Luz Azul (a Ohr Ha Chassadim) em nosso entorno; quero agradecer ao Augusto e à Taiz, e, especialmente, quero agradecer ao médico brasileiro que vive aqui, o pai da Antônia Moro, o Ricardo Moro, que nos protegeu e nos apoiou. Sem eles, tudo seria muitíssimo mais complicado. Também agradeço ao Nome, mas Ele sabe que ao agradecer às Suas criaturas, agradeço a Ele. Eu nem uso telefone (talvez eu deva reavaliar essa teimosia). Eu não sei lidar com burocracias. Eu sei cozinhar. Eu sei ensinar. Eu sei servir. Mas não sei perder a paciência quando é preciso perder a paciência. Como eu disse para a Marta ontem, no hospital, eu não ajo de bate-pronto, eu faço anotações de tudo, e eu só cobro a conta quando as águas abaixaram, quando os ânimos se acalmaram, porque eu não ajo com raiva, mas com justiça.



O melhor disso tudo é que eu consegui ensinar para a Marta um Yichud que movimenta o mundo, os planetas, o Universo inteiro. Basta a pessoa sintonizar com a Força Superior e vocalizar as Letras Sagradas e fazer com que tudo trabalhe para o seu próprio bem, seja para conseguir um bom banho, um leito de hospital ou uma alta hospitalar. Como disse Baal Ha Sulam, no leito de morte, aos seus alunos: “Avisem a todos eles que eles sofrem porque não querem receber”.



3 comentários:

Unknown disse...
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Unknown disse...
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Sônia Scheuerlein Haim disse...
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