O professor José
Hildebrando Dacanal, que foi meu colega de trabalho na Editora Mercado Aberto nos anos 80 do século passado, e que é meu
amigo ainda hoje, é um dos homens mais inteligentes que já conheci. Se vivesse
há 3 mil anos, Dacanal seria considerado um profeta.
Seus textos, escritos há décadas, são atualíssimos. Inúmeras previsões que ele
fez se cumpriram rigorosamente.
Profeta é toda a pessoa que possui os Mochim Superiores. Alguns recebem esse
poder espiritual e intelectual sem dedicarem-se ao Avodat Hashem, porque o Altíssimo é justo e doa os Seus dons a
todos, especialmente o Ruach.
Outros, como os profetas bíblicos, receberam os seus Mochim através da dedicação espiritual.
Em seu magnífico livro Para
ler o Ocidente, José Hildebrando Dacanal, diz o seguinte, na página 283: “Ler
os grandes profetas de Israel é uma experiência avassaladora. Não experiência
religiosa mas antropológica, histórica, política, artística. Por sobre os
milênios e as traduções, suas imagens nos surpreendem, seu desespero nos
espanta, seu furor nos abala, sua solidão nos comove. Não raro, sua retórica
incendiária ombreia com a de Cícero e Demóstenes, sua ética implacável com a de
Sócrates (de Platão), seu profundo lirismo com o de Sófocles e Eurípides. Quem
não leu os profetas de Israel não têm parâmetros para falar de literatura
universal”.
Em nossa recente viagem a Israel, para aonde nos acompanharam
mais de 40 alunos e alunas de Kabbalah, visitamos as cavernas de muitos desses
profetas referidos pelo professor José Hildebrando Dacanal. Na caverna de Eliahu (Elias), a professora Vera
Teixeira de Aguiar, que foi minha colega na PUC, e que hoje faz parte do meu Grupo Kadosh, viu algo que “não é deste
mundo”. Vera, uma grande racionalista e professora de literatura, compreendeu a
força dos profetas, que atuam mesmo estando mortos. Penso que a Vera e o Dacanal
deviam compartilhar uma garrafa de um bom vinho tinto. Aliás, o álcool, em
sóbria dosagem, é uma excelente fonte de Chochmá.
Um comentário:
Postar um comentário