domingo, 17 de junho de 2018

Nevuah (2)



O professor José Hildebrando Dacanal, que foi meu colega de trabalho na Editora Mercado Aberto nos anos 80 do século passado, e que é meu amigo ainda hoje, é um dos homens mais inteligentes que já conheci. Se vivesse há 3 mil anos, Dacanal seria considerado um profeta. Seus textos, escritos há décadas, são atualíssimos. Inúmeras previsões que ele fez se cumpriram rigorosamente.



Profeta é toda a pessoa que possui os Mochim Superiores. Alguns recebem esse poder espiritual e intelectual sem dedicarem-se ao Avodat Hashem, porque o Altíssimo é justo e doa os Seus dons a todos, especialmente o Ruach. Outros, como os profetas bíblicos, receberam os seus Mochim através da dedicação espiritual.



Em seu magnífico livro Para ler o Ocidente, José Hildebrando Dacanal, diz o seguinte, na página 283: “Ler os grandes profetas de Israel é uma experiência avassaladora. Não experiência religiosa mas antropológica, histórica, política, artística. Por sobre os milênios e as traduções, suas imagens nos surpreendem, seu desespero nos espanta, seu furor nos abala, sua solidão nos comove. Não raro, sua retórica incendiária ombreia com a de Cícero e Demóstenes, sua ética implacável com a de Sócrates (de Platão), seu profundo lirismo com o de Sófocles e Eurípides. Quem não leu os profetas de Israel não têm parâmetros para falar de literatura universal”.



Em nossa recente viagem a Israel, para aonde nos acompanharam mais de 40 alunos e alunas de Kabbalah, visitamos as cavernas de muitos desses profetas referidos pelo professor José Hildebrando Dacanal. Na caverna de Eliahu (Elias), a professora Vera Teixeira de Aguiar, que foi minha colega na PUC, e que hoje faz parte do meu Grupo Kadosh, viu algo que “não é deste mundo”. Vera, uma grande racionalista e professora de literatura, compreendeu a força dos profetas, que atuam mesmo estando mortos. Penso que a Vera e o Dacanal deviam compartilhar uma garrafa de um bom vinho tinto. Aliás, o álcool, em sóbria dosagem, é uma excelente fonte de Chochmá.

Um comentário:

Unknown disse...
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