terça-feira, 19 de junho de 2018

Segredos do Gan Naul (7)




Jamais conseguimos abandonar um lugar no qual nunca estivemos. Por isso, quando alguém me diz que vai abandonar o Kadosh, não me abalo. Só abandona quem nunca esteve. O problema todo é o estar. Quando viajamos a um país distante, não estamos, não enraizamos. Abraão, nosso mestre e pai espiritual, ao receber o comando de abandonar a sua terra e a sua parentela, conseguiu largar tudo porque nunca esteve em Ur, na Caldéia. Abraão sempre esteve em Canaã, a Terra do Leite e do Mel. Abraão vivia na consciência de Chochmá (mel) e Biná (leite), mesmo estando, fisicamente, na Mesopotâmia. Assim, quando Hashem lhe disse Lech Lechá, ele prontamente respondeu: Eineini.



Eu tive um aluno, a quem chamava, carinhosamente, de General Cartaginês. Os cabalistas dão apodos aos seus alunos e alunas conforme a raiz de suas almas. Ensinei-lhe alguns Segredos de Torah. Eu era um neófito e ainda cometia esse erro. Ensinei ao General o que era preciso fazer para atrair a Luz Direta, a Luz de Chochmá, a Luz da Sabedoria.



Ele recebeu a Ohr Yashar, a mesma e única Luz Direta que Abraão distribuía a seus alunos e alunas. Como a alma do General estava no nível vegetal, ele precisou preencher-se do conhecimento científico, que caracteriza o nível animal. E assim meu aluno foi fazer uma Faculdade de Filosofia e abandonou a Chochmá Nistará. Não, não foi ele que a abandonou. O sistema das Sefirot e dos Partzufim é implacável. Quem não está pronto, não está pronto. Quando os seus Kelim estiverem preenchidos da Luz do Conhecimento, o General retornará. E esse será um dia de festa. Já estou engordando as ovelhas e os cordeiros para esse dia.         

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