quinta-feira, 28 de junho de 2018

Segredos do Gan Naul (8)


Após mil anos, pode ter sido encontrada a profética pedra perdida do peitoral do Sumo Sacerdote



Às vezes, histórias incríveis são, de fato, verdade. E, nesse caso, especialistas concordam que uma pequena pedra de ônix, supostamente entregue a um cavaleiro templário há mais de mil anos e passada de geração em geração por uma família, é o que o atual proprietário afirma ser: uma jóia do peitoral do Sumo Sacerdote em Jerusalém.



Uma pedra profética ou mágica?

As pedras do mishpat escolhido, o peitoral do Sumo Sacerdote, eram mencionadas na Bíblia como urim v’tumim, uma frase que desafia a tradução.



E colocarás no peitoral do julgamento o Urim e o Tumim; e eles serão colocados sobre o coração de Aaron. (Êxodo, 28:30)



O Talmud (Yoma, 73a) descreve como questionamentos eram feitos ao peitoral, e como as luzes se acendiam para soletrar a resposta. O livro de Samuel lista os urim v’tummim como uma das três maneiras de comunicação divina: sonhos, profetas e os urim v’tumim.



E quando Saul indagou Hashem, Hashem não o respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. (Samuel, 28:6)



De acordo com o Talmud (Yoma, 21b), os urim v’tumim foram perdidos quando Jerusalém foi saqueada pelos babilônios. O Livro de Ezra menciona que, após o fim do cativeiro babilônico, os indivíduos que não pudessem provar que eram descendentes de sacerdotes antes do início da escravidão, precisavam esperar até que fossem descobertos os sacerdotes que possuíam os urim v’tumim.



Além das 12 pedras montadas no peitoral, havia duas pedras sardônicas fixadas em armações de ouro nos ombros do Sumo Sacerdote.



E colocarás duas pedras sobre as ombreiras do éfode, para serem pedras de memórias para os filhos de Israel; e Aaron carregará seus nomes perante Hashem sobre seus dois ombros para um memorial. (Êxodo, 28:12)



Especialistas acreditam que esta é uma dessas pedra. Se for verdade, está contido nela o poder da profecia e ela pode exercer um papel importante no retorno da Casta Sacerdotal para o serviço no Templo.



Descoberta: incrível demais para acreditar



Em 2000, o Dr. James Strange, um notável professor de estudos religiosos e arqueologia, viajou para a África do Sul. Uma conhecida sugeriu que Dr. Strange contatasse uma família que ela havia conhecida lá e, se pudesse, ajudasse-os com uma avaliação gratuita de uma pedra preciosa. Eles eram de origem humilde e o Dr. Strange era um avaliador certificado, cujos serviços eram muito procurados.



Dr. Strange se encontrou com a família, com a intenção de fazer a sua vontade. Ao invés disso, ele ficou assombrado com o que lhe mostraram. “Eu fiquei de fato maravilhado com aquela pedra preciosa”, disse Dr. Strange ao Breaking Israel News. A pedra em si não era nada de especial. Uma pedra sardônica semi-preciosa, tinha pouco valor intrínseco.



Mas o Dr. Strange estava intrigado pelo objeto que segurava nas mãos. “Eu desconhecia que alguém no fim da Idade Média tivesse a tecnologia para cortar um hemisfério em tal meio, então eu tentei esgotar todas as outras explicações”, disse.



Ainda mais surpreendente que o corte na pedra foi a inexplicável inscrição dentro dela, visível através de uma superfície clara: duas letras em hebraico antigo. Na avaliação da jóia, o Dr. Stone escreveu que “não há nenhuma tecnologia moderna ou antiga, que eu conheça, por meio da qual um artesão poderia produzir a inscrição, já que ela não é gravada na superfície da pedra.”



O Dr. Strange era um especialista, mas quando se deparou com tamanho mistério, buscou ajuda. Procurou o sul-africano Ian Campbell, diretor do laboratório Independent Coloured Stones, em Joanesburgo, e um proeminente especialista em jóias. Campbell ficou igualmente estupefato.  



Ele estudou a pedra, tentando precisar sua origem. A história do proprietário, de que fazia parte do peitoral do Sumo Sacerdote, era incrível demais. Mas a família tinha documentos que traçavam sua descendência a um ancestral masculino, do período das Cruzadas, que havia estado na Terra Santa durante a Idade Média. Esse ancestral afirmava que a pedra era uma recompensa do Sumo Sacerdote. Poderia ser verdade?



A história de mil anos



De acordo com a tradição da família Auret, o ancestral, chamado Croiz Arneet deTarn Auret, recebeu a pedra do Sumo Sacerdote como demonstração de gratidão por seu papel na libertação de Jerusalém por volta de 1189. A custódia da pedra foi passada adiante na família Auret, pela linhagem masculina, até o século XIX. Essa tradição foi quebrada quando Abraham Auret morreu, em 1889, deixando a pedra para sua filha, Christina Elizabeth.



Depois de seu casamento com William James Hurst, a pedra deixou o nome Auret, e tem sido passada, desde então, de mãe para filha. Árvores e documentos genealógicos meticulosamente registrados corroboram a história. A pedra foi passada adiante como herança e atualmente pertence uma idosa senhora da África do Sul, que prefere se manter anônima.



Ao longo dos séculos, foi transmitida de forma muito rigorosa para cada membro da família a informação de que foi a mão de Deus que inseriu a misteriosa inscrição no interior da pedra.



Especialistas concordam

O mistério da escrita permaneceu. O Dr. Strange notou que a pedra não tinha marcas externas, então certamente não havia sido colocada em um anel ou em um colar. Ele foi forçado a concluir que ela provavelmente fora assentada em uma grande armadura ou em um peitoral. Ele datou a produção da pedra, aproximadamente, ao século 5 antes da era comum.



Como um avaliador, o Dr. Strange não podia apagar toda a dúvida, mas ele podia, com certeza, avaliar a pedra como única. Ele estimou o valor da pedra entre 175 e 225 milhões de dólares.



O especialista em jóias, senhor Campbell, microfotografou a pedra (fotografou por um microscópio), confirmando que ela não havia sido cortada para fazer a inscrição. Quando lhe foi pedido para estimar um valor para a pedra, o senhor Campbell escreveu: “Como alguém pode logicamente sair colocando um valor em algo como um comprovado artefato religioso que é um artigo único?”



Ele estimou que 200 milhões de dólares era um “justo ponto de partida”.



O proprietário da pedra também consultou o professor M. Sharon, da Universidade de Witwatersrand. O professor, um especialista em hebraico antigo, recebeu uma foto da pedra. As imagens borradas davam pistas de algo surpreendente, mas ele precisava ter certeza. Intrigado, ele pediu para examinar a própria pedra.



Em seu relatório escrito, ele disse que quando a colocou contra a luz, ficou maravilhado em ver claramente, no interior da própria pedra, duas letras em hebraico antigo. As letras pareciam estar gravadas ou queimadas no coração da pedra.



“Devido à claridade das letras e a sua excelente definição, seria inacreditável se fossem coincidentemente uma formação natural da pedra”, ele afirmou no relatório autenticado. “A falta de qualquer sinal aparente de interferência na superfície torna a existência das letras dentro da pedra um verdadeiro enigma,”



Ele notou que as inscrições em hebraico antigo eram escritas do que ele descreveu como “o equivalente ao nosso ‘B’ (beit) e ‘K’ (hey)”. Ele identificou o estilo de escrita, datado do ano 1000 antes da era comum, com margem de 200 a 300 anos para mais ou para menos.



Em 1994, a Dra. Joan Goodnick Westenholz, que serviu como Curadora Chefe no Museu Bible Lands, em Jerusalém, examinou a pedra. Ela concluiu: “É um objeto único que não tem nenhum similar ou contraparte idêntica; é a única do seu tipo no mundo.”



A Dra. Goodnick Westenholz acreditou que a jóia era “impagável”, estimando a data da produção da pedra aproximadamente ao século 7 antes da era comum. Ela ressaltou que a inscrição “no formato de uma possível letra é uma forma da letra beit do hebraico arcaico do século 9.”



No seu relatório autenticado, ela observou, ao lado da letra beit, “o que pode ser percebido como a imagem de um lobo”. Ela destacou que o lobo correspondia à bênção que Jacó deu a Benjamin.



Binyamin é um lobo que devora com fúria; de manhã ele devora a presa, e à tarde ele divide a rapina. (Gênesis, 49:27)



Mas é verdade?



A Dra. Westenholz e Ian Campbell já falecerem, mas o Breaking Israel News foi capaz de confirmar que suas afirmações e documentações são genuínas. O aprendiz de Campbell, Jeremy Rothon, confirmou a avaliação original e disse ao Breaking Israel News que ele estava ciente da herança da pedra. O objeto deixou Campbell muito impressionado e ele discutiu bastante sobre ele com seu aluno.



O Dr. Strange lembra muito bem da pedra, e está mais convencido do que nunca de sua autenticidade. “Muita água já passou por debaixo da ponte desde então”, disse Dr. Strange ao Breaking Israel News. “Eu calculei, então, que se fosse uma fraude, uma ou mais pedras similares teriam aparecido rapidamente no mercado internacional, mas que eu saiba isso não aconteceu.”



Ele pediu um novo exame da jóia. “Eu acho que esse objeto precisa de uma nova avaliação e de todos os testes científicos possíveis para determinar se é genuína”, disse Dr. Strange. “Se acabar por ser um artefato importante na história do povo judeu, então isso é realmente maravilhoso. Se for uma fraude magistral, então eu ficarei triste por ter sido enganado.



A viagem para casa



O atua proprietário fez contato com um empresário sul-africano para encontrar investidores dispostos a comprar a pedra e levá-la a Israel. Ambas as partes preferem permanecer anônimas. Quando ele viu a pedra e entendeu o que era, o empresário ficou consternado, entendendo que a pedra poderia facilmente se tornar uma mercadoria, um objeto de ganância. Ele reconheceu que essa pequena pedra é uma enorme parte da história judaica e se comprometeu a encontrar um investidor que recompensasse o proprietário com a intenção de trazer a pedra a Israel e doá-la ao Templo.



“Estive envolvido com negócio como esse antes”, ele contou ao Breaking Israel News. “Há pedaços da herança egípcia em museu pelo mundo todo. As pessoas acham alguma coisa e a vendem, sem pensar sobre o que é aquilo. É isso que é feito e é uma vergonha, ainda mais com essa pedra. Muitas pessoas tem tentado comprar ou vender essa pedra, para torná-la um negócio. Tudo que eu realmente quero é devolver a pedra a Israel, a quem ela pertence.”



Muitas pessoas começaram a desconfiar da conexão de Israel ao Monte do Templo, afirmando que os Templos Judaicos são contos de fada. Essa pequena pedra e a sua milagrosa gravação que um dia iluminou o peitoral do Sumo Sacerdote são provas de que o Templo existiu em Jerusalém, e que pode indicar o retorno de mais artefatos que foram perdidos e que esperam voltar para casa.





Traduzido por Poliana Pasa de BreakingIsraelNews


Um comentário:

Maurício Chemello disse...
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