Tabernáculo
Tudo, na Kabbalah, é mais simples do que parece...
Hashem quis habitar na realidade, e por isso estamos aqui, na dimensão do
tempo, do espaço e do movimento, que é a dimensão de Malchut, ou Assyiá.
Jocosamente, digo em sala de aula que “D´us quis tomar uma cerveja gelada e por
isso nos criou”.
Para um religioso, o que digo é um anátema. Para um cabalista, é uma verdade profunda, de dimensões
cósmicas.
Fomos acostumados, e manipulados, pelas autoridades
religiosas, a pensar na queda de Adão
e Eva (que maravilhosa alegoria de Chochmá
e Biná) como uma tragédia. Mas foi,
sob o ponto de vista da Kabbalah, uma brachá,
uma benção, o começo da redenção da
matéria. O Tikun ha Olam (a
reparação do mundo) é trabalho nosso, que está se desenvolvendo em três fases
históricas bem distintas: Tohu e Bohu (caos
e confusão), Torah (instrução pela
Luz) e Mashiach (a revelação do
Criador às Suas criaturas neste mundo). Sem esse Tikun ha Olam, sem essa purificação do espaço material, o Criador, a Essência
Transcendente, não teria como habitar na
realidade. Ou, como dizemos na internalidade de nosso grupo de kabbalah, a Shekinat não teria um lugar digno para
habitar, já que a Arca da Aliança
está ocultada desde antes da destruição do primeiro Templo, destruição feita por Nabucodonossor,
Imperador da Babilônia, e seu general Nevuzaradan, 410 anos depois de sua
construção pelo Rei Salomão.
Tudo o que precisamos fazer como cabalistas é “ajeitar a casa”,
é “limpar o ambiente”, é perfumar o Mishkan
para que a profecia do Monte Sinai se torne realidade mais uma vez, quando
Hashem ordenou a Moisés: “Prepara para Mim um Mishkan (Tabernáculo) e Eu habitarei no meio deles”. No meio deles,
dos que lá se encontravam, dentro das almas. E ainda tem gente que pensa que
D´us habita em sinagogas, igrejas, mesquitas e santuários de outras crenças.
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