sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Baal HaSulam (1)








Sobre a publicação de textos de Baal HaSulam no

Gan Naul

(Charles Kiefer)



Desde que retornei da morte (EQMExperiência de Quase Morte) há alguns anos, passei a pesquisar a mais antiga ciência da terra, antes chamada de Chochmá Nistará (Sabedoria Secreta), que começou na antiga Mesopotâmia, e que na Baixa Idade Média veio a ser chamada de Kabbalah, que se poderia traduzir por A arte de receber. Procurei por mestres vivos por todo o planeta e encontrei em Michael Laitman o mais próximo da minha própria alma. No início, fiz os cursos do Bnei Baruch, instituição que ele dirije em Israel. Depois, criei meu próprio grupo, chamado Kadosh, que se reúne há oito anos. E, no desenvolver de meu próprio processo, junto com Marta, minha esposa, criamos a Editora Kli, com o objetivo de publicar livros de Kabbalah. Em nenhum momento pensamos na editora como um negócio, mas como uma ponte entre os textos e os possíveis leitores. Até aqui, publicamos um único livro chamado A Experiência Cabalística, de Michael Laitman, que se encontra gratuitamente em http://www.editorakli.com.br/ . Iremos publicar outros livros para “que toda a Terra se encha com a Sua Glória”. O próximo vai se chamar O III Templo (5781), uma obra magnífica que esteve oculta por mais de 200 anos. O título original é Mishkney Elion (As moradas do Eterno), de Moisés Cordovero, um grande cabalista italiano.



Nesse momento, com o auxílio de Fabrício Basso, meu amigo e aluno, estamos traduzindo os Escritos de Baal HaSulam, nome cabalístico de Yehuda Leib Ha Levi Ashlag, o maior cabalista do século XX, o santo que abriu a Kabbalah às massas, como o queria o Isaac Lúria, já em 1572: Kabbalah para judeus e não-judeus, Kabbalah para mulheres, Kabbalah para crianças. O período da Gmar Tikun já começou e essa avalanche não será contida por rabinos, padres, pastores, e todas as outras lideranças religiosas que impediram e ainda impedem a humanidade de ter acesso aos Sabores e aos Segredos de Torah.



Meu blog pessoal, Gan Naul, passa a publicar a partir de agora os textos de Baal HaSulam.



Sobre o Livro

(Michael Laitman)



Pela primeira vez estamos vendo a publicação dos escritos essenciais do maior cabalista do século XX, Rav Yehuda Leib Ha Levi Ashlag (1885 – 1954), também conhecido como Baal HaSulam [autor do Sulam (Comentário Escada sobre O Zohar)].



Os Escritos de Baal HaSulam contêm todos os textos necessários para qualquer pessoa interessada em aprender a sabedoria da cabalá, desde a primeira composição de Baal HaSulam, Introdução ao Livro Panim Meirot u Masbirot, publicado em 1927, passando por Os Escritos da Última Geração, que foi escrito nos anos 1950 e descreve a estrutura da futura sociedade.



O Livro contém:


* Todas as introduções e prefácios escritor por Baal HaSulam como preparação para aprender suas três composições chaves: Panim Meirot u Masbirot (um comentário sobre A Árvore da Vida do Ari), o comentário Sulam [Escada] sobre O Livro do Zohar, e O Estudo das Dez Sefirot.



* Todos os ensaios que Baal HaSulam escreveu para espalhar a sabedoria da cabalá para o público em geral.



* Todas as cartas que Baal HaSulam enviou aos seus discípulos e que contêm orientações para aqueles que estão marchando (avançando) no caminho espiritual.



* Todos os artigos contidos no livro Shamati (Eu Ouvi), que detalham o trabalho interno de uma pessoa, como foi escrito pelo primogênito e sucessor de Baal HaSulam, Rav Baruch Shalom Ha Levi Ashlag (mais conhecido como RABASH), que colocou no papel o que ouviu de seu pai.



* Histaklut Pnimit [Reflexão Interior] – comentários e elaborações sobre os tópicos apresentados na Parte 1 do livro O Estudo das Dez Sefirot.

        

* O livro Beit Shaar Ha Kavanot [Portal das Intenções]: comentários sobre os Escritos do Ari.



* Os Escritos da Última Geração, uma coleção de notas dos anos 1950 nas quais Baal HaSulam analisa regimes políticos e apresenta um modelo para a construção da sociedade futura.



Além do material de aprendizado, nós incluímos na parte final poemas que Baal HaSulam escreveu.



Explicações e traduções para o Inglês estão marcadas entre chaves [exemplo].

        

Nós estamos certos de que mergulhar nos escritos autênticos de Baal HaSulam irá ajudar aqueles que o fazem em seu avanço espiritual e busca pelo significado da vida, e irá ajudar toda a humanidade a avançar para um mundo novo e melhor.



“Apenas através da expansão da sabedoria da cabalá para as massas nós obteremos a redenção completa. Por esta razão, devemos estabelecer seminários e compor livros para acelerar a disseminação da sabedoria pela nação.” (Baal HaSulam, Introdução ao Livro, Panim Meirot u Masbirot).




Hora de Agir

(Baal HaSulam)



Por um longo tempo, minha consciência me sobrecarregou com uma demanda de sair e criar uma composição fundamental a respeito da essência do judaísmo, a religião, e o conhecimento da sabedoria autêntica da Cabalá, e espalhá-la pela nação, para que as pessoas viessem a conhecer e a entender adequadamente estas questões exaltadas em seus verdadeiros significados.



Antigamente em Israel, antes do desenvolvimento da indústria de impressão, não havia livros falaciosos entre nós ligados à essência do judaísmo, já que havia poucos escritores entre nós que poderiam permanecer atrás de suas palavras, pela simples razão que na maioria dos casos, uma pessoa não confiável não tem reputação.



Portanto, se, por acaso, alguém se atrevesse a escrever tal composição, não valeria a pena para qualquer escriba copiá-la, pois não seria pago pelo trabalho, o qual, quase sempre, era uma soma considerável. Assim, tal composição estaria condenada ao esquecimento desde o início.



Naqueles dias, pessoas bem-informadas também não tinham interesse em escrever tais livros, já que o público em geral não precisava daquele conhecimento. Muito pelo contrário, elas tinham interesse em ocultar o assunto em câmaras secretas porque “É a glória de Deus ocultar algo”. Foi-nos ordenado ocultar a essência da Torá e o trabalho daqueles que não precisavam dela, ou que eram indignos dela, e não degradá-la e exibi-la em janelas de lojas para os olhos cobiçosos da ostentação, porque assim a glória de Deus nos exige.



Mas desde que a impressão de livros se tornou popular, e os escritores não mais necessitaram de escribas, o preço dos livros se reduziu muito. Isto pavimentou o caminho para escritores não confiáveis publicarem quaisquer livros que desejassem, por dinheiro ou por glória, mas eles não levam suas próprias atitudes em consideração e nem examinam as consequências de seu trabalho.



Daquela época em diante, publicações do tipo antes mencionado aumentaram significativamente, sem nenhum aprendizado ou recepção boca-a-boca de um rav [professor/grande homem/sábio] qualificado ou mesmo conhecimento de livros antigos que lidassem com esse tópico. Tais escritores fabricam teorias a partir de suas próprias conchas vazias, e relacionam suas palavras aos assuntos mais exaltados, para dessa forma retratar a essência da nação e seu tesouro fabuloso. Como bobos, eles não sabem ser escrupulosos, ou ter uma forma através da qual aprendê-lo. Eles instilam visões deturpadas em gerações, e como prêmio por seus desejos mesquinhos, eles pecam e fazem as nações pecarem por gerações vindouras.



Recentemente, o seu fedor subiu ainda mais alto porque eles enfiaram as unhas na sabedoria da Cabalá, sem se importarem com o fato de que esta sabedoria esteve fechada e trancada atrás de mil portas até hoje, ao ponto de que nenhuma pessoa possa entender o verdadeiro significado sequer de uma palavra dela, muito menos a conexão entre uma palavra e a próxima.



Isto ocorre porque em todos os livros genuínos que foram escritos até o dia de hoje, não há senão pistas que mal bastam para um discípulo bem orientado entender o significado delas da boca de um sábio cabalista qualificado e prudente. E lá, também, “o porco-espinho faz seu ninho e põe seus ovos, e incuba, e choca na sua sombra”. Nestes dias, tais conspiradores se multiplicam e produzem tais deleites que enojam aqueles que os vêem. Alguns deles vão tão longe a ponto de assumir os postos de líderes da geração, fingindo saber como escolher entre os livros dos primeiros [sábios] e dizer qual deles é digno de ser estudado e qual não é, já que está cheio de falácias, e eles despertam desprezo e ira. Até hoje, o trabalho de tal escrutínio tem sido limitado a um de cada dez líderes de uma geração; e agora o ignorante abusa disso.



Por isso, a percepção do público sobre estas questões tem sido imensamente corrompida. Além disso, há uma atmosfera de frivolidade, e as pessoas pensam que uma olhada ao seu bel prazer é suficiente para o estudo de tais assuntos exaltados. Eles roçam o oceano de sabedoria e a essência do judaísmo em uma única olhada como aquele anjo, e tiram conclusões baseados em seus próprios estados mentais.



Estas são as razões que me levaram a sair de meu caminho e decidir que chegou a hora de “fazer pelo Criador” e salvar o que ainda pode ser salvo. Assim, eu tomei sobre mim mesmo revelar um certa porção da verdadeira essência, que está relacionada ao assunto citado acima, e espalhá-la pela nação.

Nenhum comentário:

Shamati (127)

    127. A diferença entre o núcleo central, a essência e a abundância agregada ( Su cot Inter 4, Tav - Shin - Guimel , 30 de setembro d...