Em que consiste a meditação?
Basicamente, existem duas categorías de meditação: uma é a da concentração (transe) e a outra é a
da visão interior (intuição).
Na meditação de concentração colocamos o acento no adestramento da mente, enfocando-a fixamente
num objeto determinado. Pode ser um mantra, uma respiração, a chama de uma vela
e etc.
A concentração é a unificaçao da mente, a unidirecionalidade
do pensamento.
A corrente do pensamento é normalmente errática e dispersiva.
O objetivo da concentração é enfocar o fluir dos pensamentos, fixando a mente num
único objeto, no tema da meditação.
Finalmente penetramos o objeto e somos totalmente absorvidos
por ele.
No começo, a unidirecionalidade é ocasional e esporádica. A
mente oscila entre o objeto da meditação e os pensamentos, sentimentos e sensações
que a distraem.
A meditação de concentração requer previamente uma
purificação psicológica, a qual significa a poda de pensamentos que distraem nossa
concentração. A pureza é a base psicológica da concentração.
A segunda categoria de meditação, a de visão interior,
trabalha melhor com a vivência do presente. Não intenta apartar a mente do transcurso
da experiência para enfocá-la sobre um só objeto e criar estados diferentes, senão
que cultiva a atenção e a percepção do fluir que momento a momento vai configurando
nossa vida.
A essência da atenção, segundo o monge budista Nyanaponika
Thera, é “a percepção clara e exclusiva do que realmente acontece conozco e com
o que acontece dentro de nós mesmos nos momentos sucessivos da percepção”.[1]
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