A iluminação
Ao se meditar, pode ocorrer a visão de uma luz brilhante,
pode surgir a sensação de arrebatamento, de paz, de tranquilidade, de devoção, de
vigor, de felicidade, de rapidez e clareza perceptiva, de lucidez, de atenção
intensa, de equanimidade e de apego a todos esses fenómenos. E etc.
Tudo isso são marcos ao longo do caminho e não o seu destino final, o que não significa
que devamos ignorá-los ou que não devamos nos deter neles. A meditação como busca
pela iluminação pessoal transcende todas as categorias das emoções e sensações.
A partir daqui torna-se difícil explicar racionalmente as
experiências místicas, sem confundi-las ou diminui-las. O que podemos fazer é
descrevê-las, poética e intuitivamente. Enfim, o caminho de comprensão da meditação
é a própria experiência sensível.
Existem muitas técnicas de meditação. Cada pessoa deve encontrar
aquela em que se sente mais confortável. Algumas são mais complexas que as outras.
Também existem aquelas que não levam a resultado algum. O importante é começar
pelo básico, aprender a relaxar, a colocar-se em posturas corretas, aprender a
concentrar-se, a respirar adequadamente, a purificar-se de pensamentos e emoções
negativas, a desenvolver a capacidade de atenção e de auto-observação, e a não
claudicar nessa grande empresa interior.
O objetivo prático da meditação é parar de pensar e
abandonar a dispersão. Isso é assim porque o pensamento requer sempre a
polaridade, enquanto que a meditação, em seu sentido correto, é a superação da polaridade
e da dispersão. A superação se dá através da trascendência e da unificação.
A intuição é uma forma de percepção pura, sem dispersão e
que conduz a um absoluto (Dvekut, Ruach Hakodesh,
Samádhi, Nirvana etc.). A mente se
alimenta da dispersão, da fragmentação e da separação. Isso é a consequência de
estarmos imersos num mundo de tempo e de espaço, mas não devemos esquecer a
dimensão do sagrado, que é a Unidade.
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