quarta-feira, 22 de abril de 2020

Sion Az Yael (5)




A iluminação



Ao se meditar, pode ocorrer a visão de uma luz brilhante, pode surgir a sensação de arrebatamento, de paz, de tranquilidade, de devoção, de vigor, de felicidade, de rapidez e clareza perceptiva, de lucidez, de atenção intensa, de equanimidade e de apego a todos esses fenómenos. E etc.



Tudo isso são marcos ao longo do  caminho e não o seu destino final, o que não significa que devamos ignorá-los ou que não devamos nos deter neles. A meditação como busca pela iluminação pessoal transcende todas as categorias das emoções e sensações.



A partir daqui torna-se difícil explicar racionalmente as experiências místicas, sem confundi-las ou diminui-las. O que podemos fazer é descrevê-las, poética e intuitivamente. Enfim, o caminho de comprensão da meditação é a própria experiência sensível.



Existem muitas técnicas de meditação. Cada pessoa deve encontrar aquela em que se sente mais confortável. Algumas são mais complexas que as outras. Também existem aquelas que não levam a resultado algum. O importante é começar pelo básico, aprender a relaxar, a colocar-se em posturas corretas, aprender a concentrar-se, a respirar adequadamente, a purificar-se de pensamentos e emoções negativas, a desenvolver a capacidade de atenção e de auto-observação, e a não claudicar nessa grande empresa interior.



O objetivo prático da meditação é parar de pensar e abandonar a dispersão. Isso é assim porque o pensamento requer sempre a polaridade, enquanto que a meditação, em seu sentido correto, é a superação da polaridade e da dispersão. A superação se dá através da trascendência e da unificação.



A intuição é uma forma de percepção pura, sem dispersão e que conduz a um absoluto (Dvekut, Ruach Hakodesh, Samádhi, Nirvana  etc.). A mente se alimenta da dispersão, da fragmentação e da separação. Isso é a consequência de estarmos imersos num mundo de tempo e de espaço, mas não devemos esquecer a dimensão do sagrado, que é a Unidade.




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