Iluminar a escuridão
Uma forma de pensar sobre o entendimento convencional é que
vivemos na escuridão e não somos capazes de ver a realidade mais ampla, embora
ela esteja lá. Essa compreensão convencional chega a nós através dos cinco
sentidos. Por não conhecermos nada melhor que isso, tomamos essa percepção do
mundo tal como ela é. Trata-se de uma escuridão metafórica. Pensa na Kabbalah
como uma maneira de iluminar essa realidade para que possamos vê-la em sua
plenitude. Assim que isso acontece e que o assimilamos, nossas percepções da
realidade se transformam. Já não podemos agir como fazíamos quando nos
encontrávamos na escuridão, e isso acontece para benefício mútuo, isto é, para
nós mesmos e para os demais.
Metáforas aparte, nem a ciência e nem a filosofia podem nos
ajudar a ver a realidade mais profunda. No entanto, talvez sim. Se nos armarmos
com a Sabedoria da Kabbalah, poderemos provar os limites da realidade
convencional e aprenderemos a transcendê-los.
Um dos elementos mais importantes da Kabbalah é o Kli (vaso,
receptáculo), o desejo de receber. Esta também é a razão pela qual o cabalista
Yehuda Ashlag enfatiza a importância de conteres a ti mesmo em teu nível de
compreensão. Mas é fácil interpretar isso erroneamente. Não significa que devas
evitar o conhecimento ou a profundidade da espiritualidade. Ao contrário,
Ashlag sugere que a aprendizagem do que podemos e do que não podemos perceber
nos ajuda a evitar confusões e a criar um caminho mais claro para aceder a uma
maior compreensão.
Definição: O Kli é o sexto sentido, a “vontade de receber” que apresentamos
no capítulo 2. Representamos o Kli como um “vaso espiritual” a espera de
ser preenchido.
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