terça-feira, 5 de julho de 2022

Shamati (23)

  

23. Vós que amais ao Eterno, repudiai o mal

(Ouvi em 17 de Sivan, Tav-Reish-Tzadi-Aleph, 2 de junho de 1931)

 

No versículo “Vós que amais ao Eterno, repudiai o mal; Ele preserva as almas de Seus fiéis e os salva das mãos dos malévolos” (Salmos 97:10), ele interpreta que amar o Criador e desejar a recompensa da Dvekut (adesão) não é o suficiente. O indivíduo também precisa odiar o mal.

 

O ódio é expressado pelo ódio ao mal, chamado de “desejo de receber”. O indivíduo vê que não há como se livrar dele e, ao mesmo tempo, não quer aceitar a situação. Ele sente as perdas que o mal lhe causa e também enxerga a verdade -  que a pessoa não pode anular o mal por si mesma, pois ele é uma força natural oriunda do Criador, e que Ele imprimiu o desejo de receber no homem.

 

Nesse estado, o versículo afirma que o que pode ser feito é odiar o mal. E dessa maneira o Criador o protegerá desse mal, como está escrito: “Ele preserva as almas de Seus fiéis.” O que significa preservar? “E os salva das mãos dos malévolos. Nesse estado, porque existe algum contato com o Criador, por menor que seja, a pessoa já é considerada bem sucedida.

 

Na verdade, a questão do mal permanece e serve como Achoraim (de costas) para o Partzuf. Mas isso ocorre apenas por meio da correção do indivíduo: ao odiar sinceramente o mal, ele é corrigido em forma de Achoraim. Se o indivíduo quer obter Dvekut (adesão) com o Criador, então o ódio vem porque há uma conduta entre amigos: se duas pessoas percebem que cada uma delas odeia o que o seu amigo odeia, e ama o que e quem o seu amigo ama, elas entram em um vínculo perpétuo, como uma estaca que nunca cairá.

 

Portanto, já que o Criador ama doar, os inferiores também devem se adaptar para desejar apenas doar. O Criador também odeia ser um receptor, pois Ele é completamente inteiro e não precisa de nada. Assim, o homem também deve odiar a questão da recepção para si mesmo. Do que foi dito acima, conclui-se que o indivíduo deve odiar amargamente o desejo de receber. E por meio desse ódio, o indivíduo o corrige e se rende sob a Kedusha (santidade).

 

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