quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Mocha Ilaah (10)

  

Os três discernimentos

(Baal HaSulam)

 

A “maneira mais bem-sucedida” para quem deseja aprender a Sabedoria da Kabbalah é procurar um cabalista genuíno e seguir todas as suas instruções, até que seja recompensado com a compreensão da Sabedoria em sua mente, ou seja, até que o aluno receba o “primeiro discernimento”.

 

Depois, a pessoa será recompensada com a transmissão “boca a boca”, que é o “segundo discernimento”.

 

E depois disso, a compreensão por escrito, que é o “terceiro discernimento”.

 

Então, a pessoa terá herdado toda a Sabedoria e seus instrumentos de seu professor com facilidade e será deixada com todo o seu tempo para se desenvolver e se expandir.

 

No entanto, na realidade há uma “segunda maneira”: Através do grande desejo da pessoa, as visões do paraíso se abrirão diante dela e ela alcançará as origens por si mesma. Este é o primeiro discernimento. No entanto, mais tarde, a pessoa ainda deve trabalhar e se esforçar extensivamente até que encontre um sábio cabalista diante do qual ela possa se curvar e obedecer, e de quem ela possa receber a Sabedoria através da transmissão face a face, a qual é o segundo discernimento.

 

 Então, vem o terceiro discernimento. Dado que ela não está ligada a um sábio cabalista desde o princípio, os recebimentos  (attainments) vêm com grandes esforços e consomem muito tempo, deixando pouco tempo para que ela se desenvolva nelas. Ainda, algumas vezes a Sabedoria vem depois do fato, como está escrito: “E eles morrerão sem sabedoria.” Estes são noventa e nove por cento dos alunos e é o que nós chamamos de “entrando, mas não saindo.” Eles são como tolos e ignorantes neste mundo, que veem o mundo disposto diante deles, mas não entendem nada dele, exceto pelo pão em suas bocas.

 

De fato, na primeira “maneira”, também, nem todos têm sucesso, já que após ser recompensados com o recebimento  (attainment), a maioria deles se torna complacente e não consegue subjugar a si mesmos diante de seu professor suficientemente, já que não são merecedores da transmissão da Sabedoria. Neste caso, o sábio ocultará a essência da Sabedoria deles e “eles morrerão sem sabedoria”, “entrando mas não saindo.”

 

Isto é assim porque há condições duras e estritas para a transmissão da Sabedoria, as quais derivam de razões necessárias. Por isso, muito poucos são considerados suficientemente elevados por seus professores para que os considerem merecedores desta coisa, e felizes são os que são recompensados.

 

 

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