Eu já havia terminado essa seção de Viagem, pois terminamos o
Trabalho em Israel e nos dispersamos como grupo. Aproveitamos a passagem pela
Itália, para visitarmos uma grande amiga, da Marta, da Sofia e minha, em
Arezzo, na Toscana.
Desde Israel a Marta estava inchada, como ficam as mulheres
grávidas, mas talvez mais. E, antes de embarcarmos de volta para o Brasil,
procuramos um Pronto Socorro, pois a sua pressão arterial estava muito
alta.
E aí começou uma história kafkiana. A Marta precisou permanecer
internada no hospital universitário de Roma. E não permitiram que eu ou a Sofia
ficássemos com ela. Isolada dentro da emergência de sala de parto, sem saber o
idioma italiano, num hospital em que médicos e enfermeiros trocam de posto de
hora em hora, cobaia de magotes de estudantes de medicina que entram e saem com
os professores sem o menor respeito e consideração pela humanidade do outro, a
Marta está vivendo um de seus piores momentos da vida, e eu e a Sofia também.
Depois que enviei um e-mail aos grupos de estudos para
fazerem exercícios cabalísticos pela Marta, a Antônia Moro, participante de
nosso Grupo Kadosh, se tornou uma
luz de esperança. O pai dela vive em Roma e é médico. E falou com a Marta por
telefone. Estamos tentando retirar a Marta do hospital universitário e levá-la
para um hospital com melhores condições.
Se eu escrevesse um conto sobre o que estamos passando, ninguém
acreditaria. Nós, brasileiros, temos o costume de falar mal de nós mesmos.
Falamos mal de nossas instituições, de nossos políticos e de nossa política,
falamos mal de nossa cultura, falamos mal de nossa espiritualidade, falamos e
falamos mal de nós mesmos, e nos desmerecemos, e achamos que os outros são melhores e mais eficientes.
Seria interessante se cada reclamador passasse um dia pelo que estamos
passando, para que descobrissem o quanto somos eficientes e altruístas.
Eu, a Marta e a Sofia, e o Augusto Hatori e a Taiz Alves, sairemos
dessa situação melhores, mais atentos aos outros, mais dignos e menos
embasbacamos com alguns países da Europa. Aliás, foram os europeus que chamaram
o Brasil de Terra da Esperança. Não, o Brasil não é apenas a Terra da
Esperança, é a Terra onde o processo de correção das almas mais se desenvolverá.
A Gmar Tikun se agigantará no
Brasil, porque em nosso país vivem mais de 180 milhões de almas que aceitam ser
melhores, mais justas, mais altruístas.
Esperamos retornar em breve ao nosso país, para trabalharmos
pela disseminação da Kabbalah, que não é nada mais nada menos que a Revelação
do amor do Criador às Suas criaturas neste mundo, como escreveu Baal Ha Sulam.
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