Como escolhemos?
A Kabbalah ensina que, apesar de que o Criador deseja
estabelecer uma relação com a Sua criação, escondeu-se para nos dar a impressão
do livre arbítrio. Nestas condições, nos parece que somos capazes de atuar,
pensar e eleger de modo independente a respeito da presença do Criador. Nossas
decisões parecem ser tomadas a partir de nossa vontade e de nosso livre
arbítrio. Não percebemos a mão invisível que guia as nossas ações e, pelo que
podemos ver, nossas decisões são realmente livres.
Pensa no seguinte: o Criador tem toda a tua vida planejada,
até o que comerás no almoço de hoje. Estás num restaurante e tens dificuldade
em decidir entre peru e rosbife. Depois de uma breve luta interna, te decides
pelo rosbife em pão de centeio, com uma maionese adicional, justamente como o
Criador sabia que irias escolher. No momento da tua decisão, somente te
resignaste à predeterminação, abaixaste as mãos e permitiste que o Criador
escolhesse por ti? Não exatamente, mas Ele já tinha esse momento estipulado
desde o princípio. E isso não fez menos delicioso o teu prato de rosbife. Ou
fez?
Mas se o Criador já tem planejadas todas as nossas decisões e
atos, é realmente livre o livre arbítrio? A resposta é que nossas decisões são
livres quando as contemplamos da nossa perspectiva. Que o Criador saiba o que
decidiremos parece-nos sem significado, sempre e quando nós mesmos não saibamos
o que decidiremos.
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